sexta-feira, 12 de agosto de 2016

O Passado dos Personagens - Lee e Hayley (Parte 1)


A mulher quase tropeçou assim que abriu a porta da saída nos fundos, não parava de rir e devia estar um pouco bêbada, a julgar pelas bochechas coradas e as pernas entrelaçadas feito cordas sem dono. A mão apertava com força os braços musculosos do lutador, como se desejasse nunca larga-lo; o rosto do homem era marcado por uma dúzia de socos que levara, mas nem de perto representava a quantidade de pancadas que seu adversário recebera.
A vitória foi garantida naquela noite, Wendy ria e gritava alto sem se importar com o horário, pois o berro da torcida fez seu coração saltar. A ruela dava num beco sem movimento, uma saída secreta, se ele decidisse aparecer no meio dos holofotes ninguém mais poderia tirá-lo do meio da multidão agitada. Mas ali, naquele instante, ele era somente dela.
Wendy tentou encostar a cabeça no ombro do homem, mas era baixa demais, então se contentou em simplesmente poder sentir o calor de seu atleta favorito conforme caminhavam juntos sob a luz bruxuleante das ruas ao anoitecer.
— Você foi incrível hoje — a mulher o elogiou. Seus cabelos loiros que demoraram horas para serem preparados já se desmanchavam junto da maquiagem borrada no rosto, mas ela continuava bela, notavelmente mais velha e madura do que ele, embora menos castigada pela idade.
O lutador nada respondeu, ajeitou seu gorro e continuou seguindo o caminho de volta em silêncio, tinha de esquivar-se dos fãs que o cercariam caso não fosse discreto. Wendy ergueu as duas mãos e começou a fazer planos, imersa em uma realidade distante e utópica.
— Você ainda está no início de carreira, mas se vencer só mais uma luta já terá o cinturão! O Cinturão Púrpuro, consegue entender a importância disso? Guerreiros de toda província de Bodoni participam desse campeonato, com toda certeza você será chamado para competir no Sellureville, o maior torneio de todos, e será o mais jovem campeão a conquistar tal façanha! Já consigo ver as manchetes: Peter Lee, o Canhão de Vidro.
Fazia-lhe bem imaginar-se no topo. Pessoas de todos os cantos do reino o aplaudiriam, como se ele fosse o rei; diziam as más línguas que o prêmio do Sellureville variava a cada ano — sonhos, milagres, utopias. O torneio era tão surreal e encoberto que para muitos não passava de uma lenda, mas os que saíram vitoriosos mudaram não apenas a si próprios, mas o mundo. Ouvir Wendy fazer tantos planos parecia justamente o que era: a vida dela, não a sua. Eram os sonhos e desejos dela. Não ligava muito de ser uma ferramenta, contanto que estivesse feliz consigo próprio e realizado. Ainda era jovem e conquistaria muito, quem poderia detê-lo?
— ...eu também andei conversando com algumas amigas sobre comprar uma linda casa em Myriad para morarmos daqui alguns anos, fica na Ilha-S com a vista mais linda para o oceano, uma mistura do natural e do moderno, o lugar perfeito para cuidarmos de nossos dois filhos: Jonathan e Michael, já pensei até nos nomes! — Wendy só parou de falar para respirar fundo e expirar o ar de volta. — É como num sonho...
O lutador parou de repente, e não foi porque algum fã o interceptou. O movimento no local era nulo, apenas alguns postes de luz iluminavam a calçada suja de fora do estágio, sendo que um deles não parava de piscar; tratava-se de um beco frio e perigoso, porém, ao lado dele, Wendy jamais teria o que temer.
Sempre estaria segura.
— Eu acho que devíamos terminar.
Wendy piscou e riu alto, ainda devia estar bêbada. Levou a mão ao rosto de Lee e deu-lhe um beijo suave perto da bochecha.
— Terminar aquilo que começamos ontem, não é? Você não tem jeito mesmo, adoro esse jeitão sensual de homem misturado com a empolgação de um menino. Ao chegarmos em casa vou te fazer uma surpresa, e...
— Você não entendeu, Wendy — respondeu Peter Lee, afastando a mão dela. — Eu quero terminar o nosso namoro.
A mulher afastou-se, claramente ofendida. Não estava pronta para um soco daqueles.
— Quem é a vadia?
— Não, Wendy, não tem nada a ver com outras mulheres — Lee olhou para os lados para ver se alguém ouvia a conversa. Daqui a pouco ela começaria a armar o maior barroco, era só questão de tempo. — O problema não é você, sou eu. Estou prestes a enfrentar a luta da minha vida, preciso pegar sério nos treinos e não quero atrapalhá-la em sua própria vida. Não serei capaz de dar-lhe toda atenção que você merece, e no final...
— Pode parar por aí, mocinho — ela ergueu o indicador no rosto do rapaz, e mesmo sendo quase vinte centímetros menores, conseguiu colocar mais medo do que qualquer outro lutador que ele já havia enfrentado. — Pare agora mesmo com essas desculpas esfarrapadas, eu não sou nenhuma menininha da escola para você me desmerecer desse jeito. Se for para enfrentarmos o que está por vir, que seja juntos. E para sempre.
Aquela palavra o assustou à beça. “Para sempre”. Quanto tempo será que durava?
Em uma reação imprecisa, acabou virando o rosto e dando a entender que não tinha vontade nenhuma de compartilhar seu para sempre com alguém como Wendy, por mais madura, formosa e divertida que ela fosse — sem contar as lindas pernas. Decidiu simplesmente virar e dar as costas para esta mulher, o que não foi uma boa ideia. Wendy segurou seu braço e o puxou de volta como uma mãe que repreende o filho.
         — Ainda não terminamos aqui.
         — Me deixa em paz, cacete! — Lee reagiu de forma grosseira, empurrando Wendy para longe.
           E ela não gostou nem um pouco daquela atitude.
Por um instante Lee se perguntou se ainda estaria no ringue, porque quando se deu conta via apenas uma figura furiosa acertando-lhe tapas e socos confusos sem uma ordem certa. Ela cruzou as ruas pouco movimentadas batendo as pernas com força no chão, o barulho dos saltos ecoava solitário, ela chegou a tropeçar em um buraco e quase perdeu o equilíbrio, mas não parou de andar e sequer olhou para trás.
Talvez fosse melhor mandar uma mensagem mais tarde, concluiu. Ainda a amava, ou pelo menos sentia (deviam ser as pernas. Lindas pernas!).
Lee passou pela vitrine de uma loja onde pôde ver seu reflexo. Seu nariz sangrava um pouco e o olho esquerdo roxo, estaria assim desde o final da luta ou Wendy poderia considerar seriamente participar do próximo torneio também? Retirou os óculos escuros do bolso e colocou-os, mesmo sendo noite. Não queria que ninguém o visse daquele jeito, muito menos algum conhecido.
— Nunca levou jeito com as mulheres, não é mesmo, filho?
O sujeito estivera ali, ouvindo a conversa o tempo todo, sentado em um banco de pedra à espera do último trem que passaria em alguns instantes. Ele vestia uma boina e tinha a barba mal cuidada mesclada aos cabelos ruivos, a expressão cansada demonstrava alguém que vivera e passara por muito, cheio de experiências a serem compartilhadas. Devia ter sido um rapaz muito bonito no passado, mas a idade lhe trouxe rugas e preocupações, não sentia mais a necessidade de estar sempre apresentável para as mulheres e agora simplesmente colocava as roupas que lhe cabiam bem, geralmente em tons de marrom e vermelho. Ainda carregava seu anel de casado.
Ele arrastou-se lentamente para o lado e pediu para que o jovem se sentasse junto dele, mas Lee balançou a cabeça de forma negativa, incrédulo quanto ao visitante indesejado.
— O que faz aqui, Hugh? Pensei que tivesse dito que nunca veria uma luta minha — disse Peter Lee.
— Eu não preciso. Você já consegue se cuidar muito bem sozinho, conheço bem o aluno que treinei durante os últimos anos — respondeu o velho, entrelaçando suas mãos para aliviar-se de um frio perpétuo que parecia assombrá-lo. — Mas, ei, que belo show você deu ali. Dispensou a moça sem pensar duas vezes, mas que garanhão sem coração você é.
— Dá um tempo — Lee sentou-se, cansado de ficar em pé, cansado de uma luta em que já apanhara bastante e se estendia até mesmo para fora dos ringues. — A Wendy era para ser só uma amiga e nós acabamos tendo um caso, agora ela vive pensando longe demais, enquanto eu...
— Ainda está com os pés no chão — o homem riu, cruzando os braços e ajeitando uma boina surrada que usava. — É preciso tomar cuidado com essas mulheres mais velhas, filho. Seu encanto é tão poderoso quanto magia, ao mesmo tempo elas são capazes de roubar o coração e tudo que você tem com a perversidade de uma bruxa!
— Vou dar um tempo disso. Por enquanto. Relacionamentos são um saco.
— Escute, filho. Nem sempre as pessoas compreendem o nosso tempo. Você foi muito precoce, o que ia esperar de uma mulher com seus quase trinta anos? Você tem quantos anos agora, dezoito, dezenove? Ainda tem muito a aprender.
— Por que os velhos têm essa mania de se achar mais experientes?
— Talvez porque todo o soco que você tomou em sua vida já nos acertou há muito mais tempo, nós já nos recuperamos e estamos prontos para mais. Você não se torna um adulto completo se não apanhar do mundo até chorar e pedir para que ele pare. A vida é cruel, e eu te ensinei isso.
— Tá, tá. Chega de filosofias — Lee cruzou os braços e esticou uma das pernas, procurando um relógio para saber que horas eram e quando o trem passaria. — Eu não escolhi ser forte, a vida me obrigou. — Ele soltou um suspiro antes de continuar. — Vai ficar aqui até quando?
— Até você criar coragem e admitir que não tem onde dormir para seu velho mestre e pedir humildemente um lugar para passar a noite.
— Vá se ferrar. Eu não preciso disso.
— Então espero que a senhorita Wendy esteja preparando o seu espaço no sofá da sala, isso se já não tiver convidado algum de seus rivais para ir fazer uma visitinha, e...
— Tá, tá! — Lee levantou-se, agora irritado e impaciente. Andou de um lado para o outro, até concluir que não tinha mesmo para onde ir. — Só me leva pra casa. Preciso de um banho e não estou sentindo as minhas pernas...
O velho revelou um sorriso vitorioso entre a barba mal aparada e suas rugas de cansaço. O trem chegou logo em seguida.

i

Viu-se no ringue de olhos fechados. O barulho estarrecedor da multidão não o incomodava mesmo. Quando abria os olhos, via uma figura em roupão azul do outro lado, o olhar ameaçador e o sorriso de deboche no rosto. Só mais uma vitória e o cinturão seria seu, derrubar Ronald Rollout seria tarefa difícil, ele era agressivo e batia com força, embora nunca antes alguém o tenha punido com pancadas na mesma intensidade. Na diagonal, Rollout gritava ameaças vazias: “Eu vou bater tanto em você que vou te matar, Peter Lee!”, e seus fãs iam à loucura. “Acaba com ele!”
Lee respirou fundo e olhou para os lados. Nenhum sinal de Wendy em seu assento costumeiro. Hugh também devia estar escondido em algum canto, só para não se fazer notar, pois jamais perdera uma luta do discípulo. Pouco antes do início da disputa mais importante de sua vida (até o momento), a dica mais valiosa que recebera do velho foi: “É por estar em segundo lugar que nos esforçamos mais.”
Seu atual técnico deu-lhe alguns toques e repetiu a estratégia, e Lee por fim levantou-se, pronto para enfrentar mais uma batalha dentre tantas que estavam por vir.
Na multidão, gritos e aplausos misturados com humilhações desafiadoras.
— No canto vermelho: o desafiante! — disse o mestre de cerimônias. — Peter Lee, nossa mais nova celebridade, filho do lendário Doni Lee que veio para mostrar que a determinação e sede por vitória está no sangue! Se ele sair vitorioso na luta de hoje e conquistar o cinturão da Cidadela Púrpura, poderá competir no maior torneio do reino, o Sellureville!
Sellureville sempre fora um nome mágico para ele. Não se tratava apenas de sonhos ou ambições da família, queria ser o melhor, o ser mais poderoso dentre todas as raças. A fama e o dinheiro viriam como consequência, estava no auge da carreira; era jovem, atlético e poderoso; um idiota trajado em azul era o único que o separava de dar mais um grande salto
— Vem, garotão. Vem pro papai — disse Ronald com uma risada torta. — Opa, esqueci que você não tem pai, só tem aquele velhote idiota do Burnout que nada fez além de coloca-lo num ringue para apanhar!
Aquilo era verdade. Hugh Burnout sempre fora um pai de consideração desde que o verdadeiro morrera na guerra quando Lee ainda era menino.
O gongo soou, e o primeiro a avançar foi Rollout, de pernas firmes e sustentadas correu e deu-lhe um direto firme no rosto. Lee esquivou-se com uma leveza surreal, acertando o estômago de seu adversário com um upper carregado. Rollout tentava proteger-se, mas era castigado por uma onda de ataques, não conseguia proteger-se e nem desviar o foco de suas costelas. Os olhos de Peter Lee transmitiam uma malícia cruel, e sua velocidade era absurda. Ele era como uma máquina.
Houve apenas um assalto, e Ronald caiu. Seus joelhos foram ao chão, Lee sentiu como se o atual campeão o louvasse, e gostou da sensação. O árbitro começou a contagem, esticou as mãos para o alto e o público vibrou. Rollout não prolongou o momento e logo estava de pé.
— O que o faz continuar de pé? Por que você continua lutando? — perguntou Rollout.
— Nada — Lee conseguiu dar-lhe uma resposta breve.
— Nem mulheres, nem dinheiro, nem fama?
— É só isso que sei fazer.
— Que perda de tempo — Ronald cuspiu no chão. — Você deveria ter ficado no exército e ajudado seu povo, mas agora está aqui apenas para se vangloriar, seu egoísta de merda!
— E não somos todos assim? — provocou Lee. — Se a vida é um mar de solidão, somos os únicos responsáveis por ela.
O segundo round começou. Ele ouvia as pessoas gritarem seu nome, e a sensação o consumia. Ronald estava mais cuidadoso e procurou manter distância, mas sempre que tentava aproximar-se era surpreendido por pancadas de todos os lugares, como se seu adversário tivesse quatro braços ao seu dispor. Ele nem começara a usar as pernas ainda, e diziam que Peter Lee era habilidoso com elas (especialmente Wendy). A plateia foi surpreendida quando um gancho acertou Lee no queixo, ele debruçou-se sobre as cordas e vergou o corpo, mas não se permitiu ajoelhar no chão. Há pelo menos cinco lutas ninguém sequer conseguia fazê-lo cair. O juiz os afastou, mas não precisou iniciar a contagem; Peter Lee endireitou o topete no cabelo e mexeu a cabeça da direita para a esquerda com um estalo.
— As pessoas te chamavam de Canhão de Vidro quando começou a lutar, não é? Sabe bater, mas se apanhar, vai cair em mil pedaços! Espere só até eu meter um soco no meio desse nariz perfeitinho. Vou ser o primeiro a quebra-lo no meio, garoto.
— O que foi que você disse antes da luta começar? — indagou Lee. — Ah, é. “Eu vou matar você”, ou algo do tipo. Não pense que eu não ouvi.
Ronald Rollout ergueu os punhos e avançou mais uma vez. Lee abaixou a guarda, estava claramente o provocando abaixara os braços em frente ao campeão invicto daquele ano! Quando Ronald avançou, encoberto por sua fúria, Lee recuou e acertou-lhe na cara um chute tão forte que seu oponente saiu varrendo o chão com sangue e suor. Ele ajoelhou-se no chão, e como se sussurrasse em seu ouvido, falou com a voz calma e tranquila:
          — Você não disse que ia me matar? Onde está a sua coragem agora, seu imprestável?
          Lee começou a golpeá-lo na cabeça com ferocidade, o juiz correu para impedi-lo de continuar, mas nem mesmo ele foi capaz de conter a fúria. Lee o empurrou para longe e começou a bater, bater e bater. Bateu tanto que três seguranças subiram no ringue para tirá-lo dali, e terminado seu show, ainda finalizou com um chute intenso na cara de seu adversário que praticamente estremeceu no chão, incapaz de reagir.
          Agora sim, sentia-se vitorioso. Ergueu os braços e seus músculos saltaram, os flashes piscavam e o público vibrava. O juiz falava bobagens em seu ouvido de como ele poderia ser penalizado, mas nem prestou atenção no resto, pois já conseguira o que queria.
Deu-se início à contagem. Dez. Nove. Oito. Sete. Seis. Cinco. Quatro. Três. Dois. Um. Viva o novo campeão!
Peter Lee ergueu os braços fortes e seus músculos saltaram, a multidão entrou em êxtase, Wendy acabou se revelando escondida entre algumas amigas e praticamente pulou em cima de seu herói. Ainda estava brava com ele, mas não conseguia esconder que era apaixonada por aqueles ombros largos e o peitoral definido do rapaz.
Peter Lee olhou para o Cinturão Púrpuro que logo lhe seria entregue. Conquistara o título de campeão em sua região, tinha certeza que seria chamado para o Sellureville e treinaria o dobro para se consagrar como o ser mais poderoso dentre todas as raças, mesmo que tivesse que enfrentar monstros com duas vezes seu tamanho.
De repente, um grito foi abafado. Dois paramédicos subiram no ringue e foram verificar Ronald Rollout que continuava deitado, imóvel. Um deles retirou o estetoscópio e verificou os batimentos cardíacos — nulos. A comemoração de Peter Lee fora interrompida. Quando o outro paramédico verificou a cabeça, notou que o pescoço estava envergado quase do avesso, quebrado. A respiração de Lee ficou mais pesada, ele olhou para todas as direções e viu olhares de censura. Próximo à saída, Hugh Burnout percebera que algo de muito estranho estava acontecendo.
— Vamos leva-lo ao hospital de recuperação intensa — disse o paramédico.
No momento em que as equipes de resgate chegaram, Lee conseguiu ouvir um deles dizer:
— Ele já está morto, não adianta.
— O que está acontecendo? — Peter Lee disse, não escondendo uma risada abafada. — Eu nem bati tão forte, foi uma luta como qualquer outra.
— Garoto — um dos médicos legistas enfim levantou-se e dirigiu-se ao mais novo campeão —, é melhor você sumir daqui agora mesmo.
Peter Lee olhou para Wendy que já estava bem perto do ringue. Ela recuou dois passos, como se de repente estivesse diante da maior ameaça de sua vida. A bancada foi reunida para iniciar uma discussão sobre as possíveis punições, a plateia ainda não entendia completamente o que estava acontecendo, e Peter Lee soube que jamais teria a oportunidade de lutar outro torneio em sua vida. Jamais ganharia seu cinturão. Jamais teria a chance de participar do Sellureville.
Desceu imediatamente do ringue para conversar com o mestre de cerimônias. Muitas pessoas já se aglomeravam em volta do estágio para alimentar sua curiosidade, Peter avistou Wendy do outro lado e tentou alcança-la, mas ela continuava a se afastar desesperadamente.
— Wendy, espera! — gritou. — Não é o que você está pensando!
— Saia de perto de mim! — a mulher respondeu, empurrando as pessoas em seu caminho para sair dali o mais depressa possível. — Você é um monstro! Não consegue perceber?
— Não me chame disso — Lee ergueu a voz, e pareceu mais agressivo do que gostaria. — Nunca mais ouse falar assim comigo!
— Ei, cara, deixa ela em paz! — respondeu um sujeito que vinha chegando por trás em meio ao tumulto e nem percebeu quando o campeão acabou por acertá-lo no rosto. Por simplesmente sentir raiva.
A bagunça tomou conta do saguão, o mestre de cerimônia pedia calma enquanto a plateia levantava-se assustada de seus lugares.
Wendy saiu pelos fundos por onde somente a equipe técnica tinha acesso e Lee a seguiu. Eles estavam mais uma vez no beco pouco movimentado onde terminaram seu namoro, a luz num dos postes continuava piscando exatamente como naquele dia. Quando finalmente a alcançou, Wendy reagiu de forma violenta, mas incapaz de livrar-se.
— Pare, pare! Está me machucando!
Lee percebeu que segurava o pulso dela com tanta força que chegou a deixar uma marca vermelha. Nunca antes a agredira, sequer levantara a mão contra uma mulher; e agora Wendy chorava de forma alarmante como uma criança prestes a levar uma surra. O rapaz tentou abraça-la de forma que ela continuou a bater no peito dele, sem conseguir afastar-se por si só.
— Você é um monstro! E pensar que um dia eu gostei de você!
— Me desculpe. Eu ainda amo você.
Mentiroso — ela berrou em resposta. — Você só diz isso porque precisa alimentar seu ego? Ou por que já está com saudades de acordar ao meu lado na cama? Como você é egoísta, Peter! Suma da minha vida, seu monstro seu coração, pois sei que você não hesitaria em pisar sobre mim para continuar seguindo com sua vidinha miserável rumo ao topo!
— Isso não é verdade — ele respondeu com a voz abafada, mas não tinha forças para confrontar. — Retire já o que disse.
— Nunca. Você é um monstro! Você matou um homem e não sentiu nada!
— Eu não. Ele só... quebrou o pescoço quando caiu.
— Monstro!
Lee acertou um soco na parede com tanta força que ela se desfez, logo ao lado de onde estava a cabeça de Wendy. A mulher conteve um grito e levou a mão à boca para conter os soluços.
— Você me mataria?
— O quê? — Lee arregalou os olhos. — Claro que não. Não brinque com isso. Sou idiota, mas nem tanto.
Wendy parou de chorar. Ela o encarou com a maquiagem toda borrada, e dessa vez Lee podia enxergar medo nela, como se ele fosse a aberração e estivesse encurralando sua presa.
— Quando foi a última vez que se olhou no espelho? — ela disse, antes de ajeitar a bolsa debaixo do braço e depois distanciar-se até desaparecer.
Peter Lee não entendeu a pergunta a princípio, mas virou-se para a mesma vitrine em que viu seu reflexo na última vez em que tiveram uma briga. Por trás das marcas de expressão e das contusões, ele prestou atenção em seus olhos, antes de um marrom escuro, e agora... vermelhos.
— Não — sua voz chegou a vacilar. — Não, não, não! Não pode ser!
Lee apalpava seu próprio rosto, prestes a arrancar os olhos fora, se pudesse.
— Não, minha nossa, não, por favor — repetia compulsivamente. — Tudo menos isso.
— Olhos vermelhos. Eu devia ter imaginado.
Lee virou-se no instante em que viu Hugh Burnout parado próximo à porta, e provavelmente ele presenciara toda a conversa mais uma vez. O velho estava com as mãos no bolso e caminhava tranquilamente com seu jeitão despojado de quem não liga muito para o que os outros dizem dele. Hugh ajeitou o casaco e foi ao lado de seu pupilo, examinando o que havia de errado com ele.
— A maldição dos olhos vermelhos — presumiu Hugh. — Você é um deles agora.
— Isso não é possível, o que eu fiz de tão errado? — praguejou Lee, prestes a chorar, mesmo com todo seu tamanho. — Eu não sou tão terrível quanto pareço, foi só um acidente!
O olho vermelho é uma marca dos desconcertados e cruéis. São capazes de todas as atrocidades imagináveis, não percebeu se nos últimos tempos você tem despertado um instinto agressivo; tornando-se sanguinário e violento, muitas vezes só por prazer?
— Nunca!
— Eu acredito que isto seja uma consequência de seus tempos no exército. Por mais que você nunca tenha matado alguém, até hoje, há quem desperte tal maldição por simplesmente desejar o mal. Você esteve muito tempo em contato com energias negativas. A maldição escolhe.
Lee voltou a encarar-se na vitrine que deformava sua face. Olhou para suas próprias mãos e viu que elas ainda estavam manchadas com o sangue de Ronald Rollout. Quase fizera o mesmo com Wendy, e não poderia suportar o peso de que um dia ferira a mulher que amava.
— Mestre — ele falou com a voz fraca, e Hugh sorriu ao ser chamado assim depois de tanto tempo. — O que eu faço agora?
Hugh retirou sua boina e encarou o céu nublado.
— Filho, posso me gabar por ser um homem vivido e cheio de experiência nessa vida... Mas, pela primeira vez, tenho de admitir que eu não sei.
Lee caiu de joelhos no chão, fechando os punhos com força e começando a socar o asfalto até que abrisse um buraco nele. Seus punhos nus eram cobertos do vermelho que espirrava tamanha a força que era usada, Hugh continuava a observá-lo, pensativo e sem palavras de conforto conforme as lágrimas de seu discípulo escorriam pelos mesmos olhos que o condenavam a uma vida longa e dolorosa.

terça-feira, 9 de agosto de 2016

FanArt #07 - Shiny Reshiram


SOBRE A FANART
— por Shiny Reshiram

Eu não voltei a resistir em desenhar a Hayley, desta vez a minha ideia era ela usando a sua magia de cura, eu imagino mais ou menos assim, uma bola de energia, um poder branco, azul ou verde, essas cores  para mim simbolizam a paz, a cura e essas coisas relacionadas.
Decidi desenhar essa fofura com um pelo e roupas um pouco mais ao meu próprio estilo, eu geralmente tento desenhar uma personagem que não é minha fiel á original o máximo possível, mas desta vez quis dar um toque meu.
Também decidi fazer um sombreado mais suave, para tentar transmitir tranquilidade, talvez não se nota muito em determinadas regiões do desenho devido á qualidade da fotografia.
COMENTÁRIOS DO AUTOR
— por Canas Ominous.

Hayley é a explosão de fofura suprema! *risos* Dessa vez percebi mesmo que ela está com um estilo bem parecido com o seu, deve ser por conta dos olhos. Acredito que quando eu descrevi a Hayley utilizando seus poderes pela primeira vez acontece algo parecido, uma bola de energia que emana uma luz branca, uma sensação de frescor e calmaria com o poder de apaziguar o coração das pessoas. É difícil fugir disso, desde os RPGs clássicos colocam os curandeiros como pessoas do bem com vestes brancas e tudo o mais, mas esses dias estive pensando no segundo livro e o vilão principal dele será um médico assustador que usa chapéu, bigode e roupas pretas. O completo oposto do conceito de "salvar o próximo" kkk

Gosto muito quando você faz personagens de Sellure, provavelmente porque nossos universos são parecidos e é como se eles habitassem o mesmo universo! Quando vi sua mensagem no e-mail imaginei que você tivesse preparado uma fanart apenas para o Aventuras em Alola, isso já deixou a galera aqui de Sellure com certa inveja, só depois que percebi que havia um para a Hayley e outra para Mili e Kai, assim ninguém fica com ciúmes! *risos*

Obrigado por mais esta agradável surpresa, nossa feneca favorita segue na liderança com as fanarts, vou até postar lá na página do face mais tarde! Acho que está na hora de eu começar a postar o especial da Hayley e do Lee também, quero aproveitar que vocês estão me ajudando tanto nessa fase e o mínimo que eu poderia fazer é trazer algum capítulo especial do passado dos personagens. Obrigado, Shii! Ter leitores tão fantásticos é o meu maior presente.

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

FanArt #06 - Sir Naponielli

SOBRE A FANART
— por Sir Naponielli

Cara, é o seguinte, como já falei para você, eu fiz um desenho que contém o Peter Lee. Bem, como conferirá, é um crossover entre Sellure e uma criação original minha, feito com caneta nanquim. Espero que aprecie, mesmo que não seja lá uma obra de arte.

COMENTÁRIOS DO AUTOR
— por Canas Ominous.

Diga aí, Sir! Estou gostando muito de ver os vários crossovers que a galera têm feito com meus personagens, é uma forma que nunca imaginei vê-los, a versatilidade com que se encaixam é fantástica e só de ter uma galeria com tantos estilos diferentes já sei que terei aqui no blog um tesouro como na época de Sinnoh. De fanfics de Pokémon à universos medievais, até o momento somos todos escritores que ainda buscam levar seus projetos para o mundo, mas eu anseio pelo dia em que ainda poderemos ver estes mesmos projetos tornando-se reais. Nossa obrigação é sempre dar o nosso melhor, buscar a força quando ela se esgota e ter determinação de sobra. Se um consegue, todos os outros também podem!

Pelo visto o Lee e a Hayley seguem como os favoritos absolutos na hora de escolher uma fanart. Eu só espero não decepcioná-los, sou apaixonado por secundários (principalmente os que começam a ganhar tanto destaque quanto os protagonistas), mas eu sinto que não consegui mostrar o suficiente desses dois no primeiro livro, vou acabar só conseguindo fazer isso através de Supports e Especiais aqui no blog. Pois bem, estou pensando numa data para lançar logo o passado de ambos em três partes, a repercussão foi tanta que não há nada mais justo do que começar por eles!

E a propósito, você não falou nada do seu personagem e do seu projeto até hoje, Sir! Do pouco que posso analisar, vejo um sujeito alto e que me lembra um russo, ele se veste com casacos de pele e aparenta estar muito acostumado ao frio. As paisagens gélidas são algumas de minhas favoritas na hora de descrever, e apesar de eu ainda não ter tido a chance de colocar nenhuma no livro, quero separar um arco especialmente para este clima. Um pouco de bebida, uma cerveja boa, a ambientação me lembra muito uma taverna, local clássico para reuniões em RPGs e histórias do tipo. Estariam eles festejando, discutindo algum plano ou apenas se esbarraram por acaso? Adoro a maneira como uma única imagem seria o suficiente para contarmos toda uma história. Obrigado pelo fanart, companheiro!

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Arte #10 - Altura dos Personagens

Estas são as alturas oficiais dos personagens de acordo com o ano em que se passa o primeiro livro. Alguns podem vir a ficar maiores daqui algum tempo — como o menino Ralph, que está em fase de crescimento, se bem que gosto dele assim; outros precisam dar uma maneirada, o Lee e a Auria já estão meio que grandinhos demais - rs.

A verdade é que essa diversidade me encanta. Ainda estou procurando oportunidades de encaixar mais gente esquisita nessa equipe. Uma das coisas que mais adoro em histórias é ver que os personagens estão crescendo com o leitor. E este poder, meus caros amigos, somente o tempo consegue lidar. É o tempo que passamos com eles, acompanhando o progresso, os erros e os acertos. Vejam só, não temos nem uma data de lançamento para o livro, mas consegui anunciar os cinco protagonistas dessa jornada e ainda atrair alguns leitores que considero tão especiais por me apoiarem nesse início da jornada. Sonho com o dia em que teremos uma data oficial para lançar não apenas o primeiro, mas o segundo, o terceiro, o quarto, o quinto livro. E não penso longe apenas porque quero seguir a tendência de criar sagas longas, mas desde pequeno tenho a história do Ralph na mente e quero passar para o papel exatamente o que eu imaginava naquela época. A diferença é que agora esta não será mais uma jornada solitária, e sim, com a companhia de muitas outras pessoas que acompanharão esses personagens e os verão crescer comigo.

E pensar que acabamos nesse assunto porque estávamos falando da altura deles... E a propósito, há quem diga que toda história minha tem algum casal onde a mulher é mais velha. Só para completar: Tem que ser mais velha e mais alta! ♡♡♡ *risos*

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Matéria Vol. 1 - Official Playlist

Quem é dos tempos do Aventuras em Sinnoh já deve conhecer bem a nossa galeria de temas dos personagens. Antigamente as músicas eram liberadas de duas em duas, contendo algumas letras marcantes e que de alguma maneira estavam ligadas aos personagens da fanfic. É uma forma que nós temos de mostrar como a música nos identifica com tantas coisas ao nosso redor, sejam pessoas ou fases diferentes em nossa vida. Como ouvir Titanium sem pensar na Titânia? Agora eu lhes apresento o Matéria Soundtrack, Volume 1, referente aos personagens, protagonistas e antagonistas do primeiro livro do Ralph!

Nome: Matéria Soundtrack - Volume 1
Gênero: Indie, Folk, Alternative.
Lançamento: 2016
Formato: MP3, download via 4shared
Tamanho: 106 mb
Duração: 1:13:27

TRACKLIST
  1. Hero - Family of the Year (Ralph's Theme)
  2. It's Time - Imagine Dragons (Auria's Theme)
  3. love. - KiD CuDi (Lesten's Theme)
  4. Strange Things Happens - The Radio Dept. (Hayley's Theme)
  5. About Today - The National (Lee's Theme)
  6. Stay Alive - José Gonzalez (Raegar's Theme)
  7. How It Ends - Devothcka (Raito's Theme)
  8. King and Lionheart - Of Monsters and Men (Bill's Theme)
  9. Invisible - Skylar Grey (Tootie's Theme)
  10. My Immortal - Evanescense (Elma's Theme)
  11. Land of All - Woodkid (Captain Bernard's Theme)
  12. Fine On the Outside - Priscilla Ahn (Elice's Theme)
  13. Holocene - Bon Iver (Aedan's Theme)
  14. Lifesaver - Sunrise Avenue (OPENING)
  15. Glass Walls - Nik Ammar (ENDING)
  16. Lost Boy - Ruth B (The Narrator's Theme)

TEMA DOS PERSONAGENS

Em Novembro de 2015 eu mostrei a sombra dos antagonistas, mas não cheguei a dar mais informações sobre eles. Decidi não esperar, então acabei divulgando o nome de todos através da tracklist do CD. Pouco a pouco estamos descobrindo mais e mais sobre o livro, quanto conteúdo será que teremos até o lançamento e quando será que  isso vai acontecer?

GÊNERO MUSICAL

Se você estava acostumado com a bagunça musical que era a Sinnoh Soundtrack, então vai perceber que a versão de Matéria é bem mais organizada e harmoniosa. Os gêneros variam pouco, com predominância do indie e folk. Escolhi cada uma dessas canções com muito cuidado e carinho, coloquei para ouvir o CD diversas no meu radiosinho até sentir que havia sincronia entre elas. Cada música possui um sentimento, seja um trecho ou uma melodia que representa fielmente o que os personagens são ou sentem. Se você tiver tempo para ouvir este CD — ou melhor, sentir — talvez você seja capaz de prever o livro inteiro antes dele sequer sair.

Por hora esta é uma obra de fã para fã. Eu, como fã, como alguém que adora cada música aqui selecionada e deseja compartilhar um pouco desse amor com vocês. Construí o CD com todo carinho porque quero presentar uma amiga, quero que ela o ouça e sinta o mesmo que eu sinto, mesmo que todos nós estejamos em lugares tão diferentes. Sei que praticamente mais ninguém ainda compra ou sequer ouve CDs, mas este é um costume que tenho e que puxei da minha mãe, e até hoje saio por aí caçando algumas raridades nas lojas. Não sei o motivo, mas sinto que o som vem para mim de forma diferente. Não posso ficar passando a música quando me enjoo dela, no computadores estamos a dois cliques do "avançar". Quando você põe um CD digamos que você seja "obrigado" a ouvir tudo que o artista quiser colocar lá, quem tem paciência de levantar toda hora para trocar? -rs.

E esta é a forma mais pura de ouvir o que eles têm a dizer.

SOBRE A CRIAÇÃO DO CD

Na primeira vez que tentei fazer um CD da galera dos Fire Tales, admito que eu falhei miseravelmente. Não deu muito certo porque eu ainda errava o tamanho e proporções, esqueci-me de criar uma arte para o interior e não fazia ideia de como recortar e colar adequadamente para que parecesse um produto profissional. Pela primeira vez imprimi uma capa que coube perfeitamente, desde o tamanho das laterais até a parte interior, acertei nas dobras e na cor, e de uma qualidade impressionante! Foram necessários apenas três testes, acho que agora não erro mais - rs.

Por isso venho compartilhar algumas das fotos com os leitores! É uma pena que o CD não pode ser comercializado por motivos óbvios: nenhuma das músicas pertence a mim, e trata-se apenas de uma coletânea com algumas favoritas para ouvir em momentos tristes.

Talvez daqui alguns anos eu não ouça mais tanto folk e músicas tristes como hoje, mas quando eu olhar para trás vou me lembrar dessa fase.


Disclaimer: ©2016 - Esta é uma realização feita por Canas Ominous para o blog Reino de Sellure. O CD é feito de fã para fã, não visando nenhuma obtenção de lucro e sem nenhum vínculo com os artistas ou músicas apresentadas. É expressamente proibida a venda ou comercialização deste produto!

quinta-feira, 7 de julho de 2016

FanArt #05 - Do Autor para Star-chan


COMENTÁRIOS DO AUTOR
— por Canas Ominous.

Hoje é um dia especial porque é aniversário de uma grande amiga que me acompanhou nessa jornada de escritor desde o princípio! Eu ainda me lembro quando conheci a Star-chan lá no Nyah e acabamos trocando alguns comentários e histórias, surgiu a Aliança Aventuras e Sinnoh, de lá para cá aconteceu tanta coisa que fica difícil definir precisamente essa rota, só sei que estamos aqui *risos*

Apesar da distância, acredito que podemos usar um desenho para expressar um pouco desse carinho que sentimos por alguém que está tão longe e perto ao mesmo tempo. É uma parte de nosso tempo que dedicamos especialmente a alguém. Decidi ilustrar uma fanart da Auria aqui de Sellure junto de uma personagem que ainda nem deu as caras ainda, mas trata-se de Ciela, a Gijinka de uma Fearow das novas Aventuras em Kanto!

A fanfic ainda nem começou, mas seu primeiro capítulo será lançado no dia 8 de Julho, ou seja, AMANHÃ! Desejo toda a sorte do mundo para a Star neste retorno ao Mundo Pokémon, e também um grande parabéns por completar mais um ano de vida, por continuar forte e determinada, por manter sempre um sorriso no rosto e seguir em frente. Você foi a primeira pessoa que trouxe uma fanart para mim lá no dia 18 de Junho de 2011. Cerca de 5 anos depois sou o primeiro a inaugurar a galeria de Kanto. Essas coisas do destino! *risos*

Menu Principal






Menu Secundário






Estatísticas




POSTAGENS
COMENTÁRIOS
Tecnologia do Blogger.

Comentários Recentes

Companheiros de Aventura

+ Lidas da Temporada