segunda-feira, 27 de março de 2017

FanArt #08 - Do Autor para O Príncipe Gato


COMENTÁRIOS DO AUTOR
— por Canas Ominous.

Nos últimos dias estive envolvido no projeto de uma antologia animal organizada pela editora Rouxinol e pelo Marcelo Siqueira. A ideia era reunir diferentes escritores que escrevessem contos sobre "As Lendas de Colina", cada autor poderia participar enviando a sua história e colaborar para a criação de um reino dominado por animais antropomórficos  — a Hayley e o Lesten se sentiriam em casa! O animal que escolhi foram os próprios lagartos, mas será que fui selecionado? Isso você só descobre na próxima postagem, rs. Eu participei indiretamente da antologia ajudando a revisar e analisar alguns contos, coisa pequena. Nesse meio tempo, aprendi e conheci outros autores nacionais que também compartilham da paixão pela fantasia, foi uma experiência muito gratificante.

Justamente por ter estado na cola do Marcelo pelas últimas semanas foi que eu decidi ilustrar o Ralph com o Príncipe Gato. Esse nome lhe é familiar ? Pois é, o Marcelo é coautor da trilogia "O Príncipe Gato", lançado pela Novo Século sob o pseudônimo Bento de Luca. Inclusive há uma resenha do primeiro livro solo do Marcelo aqui no blog, O Guardião da Última Fada.

Há tempos eu queria preparar uma fanart com o Príncipe, nunca fui muito bom em desenhar animais, mas me esforcei ao máximo nessa peça onde dois heróis dos universos de fantasia nacionais se encontram. Vamos torcer para que a antologia dAs Lendas de Colina seja um sucesso e que o futuro traga oportunidade de conhecermos e participarmos de mais projetos como esse!

segunda-feira, 20 de março de 2017

Arte #16 - Treinando Expressões


Outro dia a WhiteVir do blog Mystery Dugeon organizou uma atividade com a galera da Aliança Aventuras, a proposta era desenhar nossos personagens originais com diferentes expressões, para treinarmos um pouco e nos divertir com algumas dessas caras e bocas.

Eu deixei a difícil tarefa de desenhar toda a Fire Tales com a Nyx, ela realmente fez 24 personagens, passou à caneta e ainda por cima pintou todos eles. Enquanto isso, do outro lado eu fiz os seis heróis do time do Ralph e já estou cansado, haha.

Enfim, caso alguém queira participar, dá uma olhadinha aí na imagem da lateral e mostra para a gente nos comentários! :)

segunda-feira, 13 de março de 2017

Hooligan, um Mangá Nacional de Jayson Santos [Resenha]


"Após a 3ª Guerra Mundial, o mundo jaz em caos, sem sociedade, política, direitos e obrigações. Os sobreviventes, em sua maioria jovens, pela sobrevivência, em sonhos ou objetivos, continuar vivo é a única motivação que os guia. Isso é o resultado do que a humanidade tem de pior. É a nova era, é Hooligan."

Autor(a): Jayson Santos
Idioma: Mangá Nacional - Português (PT-BR)
Lançamento: 1º edição, Maio de 2016
Altura e largura: 14 x 21 cm, miolo soft pólen 80g
Número de páginas: 100
Publicação Independente

Como foi que conheci a obra?

Multi.Player Store é uma lojinha geek/nerd que tomo conto com minhas irmãs, nós costumamos ir para eventos em diferentes cidades do estado de São Paulo, como Campinas, Sorocaba e até no Rio de Janeiro. Em nossa primeira visita à São José dos Campos, fomos ao evento Geek Fantasy e acabamos montando nosso estande exatamente em frente à ala dos artistas. Como sou da área e sempre me interessei por projetos nacionais do tipo, acabei conhecendo dois autores fantásticos, um deles era a Gabriela Takahashi, autora do livro Coma Outbreak, e o Jayson Santos que me apresentou Hooligan.

Capa, Design e Editoração

Já não é novidade para ninguém que mangás têm uma difícil jornada para receber atenção aqui no Brasil, com os nacionais a situação é ainda mais complicada. Existem muitas pérolas perdidas por essas terras, cada autor sabe o quanto está disposto a se sacrificar para seguir atrás de seus sonhos, mas a maior recompensa é ver que todo este trabalho valeu a pena (tanto para o autor quanto para nós, leitores, que temos a chance de conhecer histórias incríveis!)

Jayson é ilustrador e nos entrega uma obra de excelente qualidade, desde o cuidado com a capa até a gramatura das folhas, proteção adequada e brindes exclusivos. Cada detalhe em Hooligan é mérito dele. A publicação do mangá se deu por publicação independente, até porque só quem já tentou a sorte com alguma editora sabe como é exaustivo, desde a etapa do processo de produção e divulgação pouco trabalhada até a parte de receber a porcentagem do lucro das vendas.

Desde a diagramação até o uso das fontes e onomatopeias, vemos um cuidado especial em cada página. Um detalhe que adorei é que ao comprar o mangá no evento você recebe também um pequeno poster, marca páginas e o saquinho plástico no tamanho exato para protegê-lo — até porque a forma como o produto chegará ao cliente define muito sobre a qualidade do mesmo (a maioria não notaria o esforço nisso, mas só quem já revirou a cidade em busca daquela embalagem no tamanho exato sabe como não é fácil!). O mangá inteiro pode ser lido online, deixando a versão física como um investimento especial de quem deseja tocar e sentir a obra. O mesmo funciona com livros, não sou fã de ebooks e estou disposto a investir em versões física não importando o preço. Comprando a versão física, você ainda ajuda o autor a continuar investindo num sonho e, principalmente, um produto de ótima qualidade.

Não é por nada, mas fiquei sabendo que já saiu o Volume 2 e que ambos já podem ser adquiridos no site Instinto Mangaká. Por que não dá uma olhada? :)

http://loja.instintomangaka.com/


Sobre a Obra e o Autor

"Eu não sei com que armas será lutada a terceira guerra mundial, mas sei que a 4ª será com paus e pedras" — Albert Einstein.

Conhecer artistas nacionais é sempre uma agradável surpresa, pois há muitas pessoas talentosas por aí que não são facilmente encontradas nos grandes veículos de mídia. Eventos de animes mais simples e acessíveis são uma excelente forma de divulgar seu trabalho. Quem me acompanha da época do Aventuras em Sinnoh sabe que fiz um mangá com a ajuda da Nyx, que está lá no Japão (e que veio nos visitar essa semana, eba!). Com esse projeto, aprendi um pouco sobre a diagramação, uso de retículas dentre outros pequenos detalhes que tornam um mangá o que ele é, foram quase 300 páginas que me deram um pouco de experiência na área. Foi por isso que encontrar um autor que tenha levado adiante o sonho de publicar no Brasil foi uma agradável surpresa, eu diria até inspiradora!

Optando por uma pequena tiragem com seu próprio investimento, o Jayson passou a divulgar a obra muito bem através de mídias sociais, principalmente no facebook e youtube com vídeos e conteúdo semanais. Eu mesmo o conheci em um evento, logo, isso comprova que não há ninguém melhor do que o próprio autor para fazer o seu marketing. Além do Jayson, tive a chance também de conhecer a Pâmela que o ajudou na diagramação e nessa parte de divulgação, a sua "agente literária". Ao analisar a obra, percebe-se que o trabalho de ambos foi excelente!

Nem preciso dizer que bastou ver o trabalho do Jayson de longe para que eu percebesse que havia um jovem muito talentoso. Antes de começar minhas análises, costumo sempre explicar o que me levou a escrever essa resenha. Conversei com o Jayson sobre o projeto durante horas — até porque o movimento no evento era pouco e eu tinha a liberdade de sair do meu estande para sentar e conversar com ele. Esta acabou revelando-se como a melhor parte!

O que mais me impressionou no projeto foi que eu não gosto de temas pós apocalíptico (gosto de coisas fofas, paz e amor.) Brincadeiras à parte, nunca fui chegado ao tema de fim do mundo, mas a forma como o Jayson levou adiante a ideia de Hooligan tornou o enredo engraçado com seus personagens, chegando a dar uma sensação leve como o início de um mangá deve ser (apesar de rolar pancadaria para todo lado! - rs). Também vemos a presença de temas mais adultos, como o fato de muitas mulheres se tornarem vítimas de abusadores. Em uma cidade destruída e completamente comandada por jovens, é de se esperar que isso aconteça. o autor não se preocupou em esconder esse tema pelo bem da faixa etária — outra vantagem de não se ter uma editora é que você pode escrever sobre o que quiser. Para se defenderem, essas mulheres passaram a ter de treinar mais, formando até mesmo seu grupo, as Little Leites Ladies. É uma bela mensagem sobre não se deixar levar pela forma como a sociedade espera que você aja.

"Nesse universo de agora, de agressão e constante luta, as garotas são alvo dos inúmeros marginais. Elas são violentadas e largadas como objetos, muitas até mesmo morrem [...] Aquelas garotas viram isso acontecer e se recusaram a ter o mesmo destino[...] foram treinadas para ser mais fortes que qualquer homem, para poder escolher como querem se vestir e se comportar."

Outro trabalho incrível do Jayson é com os cenários. Só quem já tentou fazer um mangá com mais de 100 páginas sabe como algum leitor sempre vai notar nos defeitos, então fazemos o possível para não deixar nenhum. Conversando com o Jayson, me surpreendi com o fato dele gostar de fazer cenários. Há mangakás famosos lá fora que não tocam nos cenários, deixam tudo para seus assistentes, pois acredito que essa seja uma das partes mais maçantes para um autor. E como se sua matéria favorita na escola fosse artes, mas por algum motivo você manda bem em matemática. Ponto de fuga, proporção e natureza foram os responsáveis para trazer a sensação que Hooligan deseja passar de um mundo devastado. É uma cidade abandonada e um mundo caótico, o cenário trouxe um verdadeiro brilho.

E por sinal, vamos entrar no assunto de exatas...

"Cinco pérolas sagradas, sete medalhões, três guardiões elementares, sete esferas do dragão..." Usar números em histórias é uma fórmula antiga para o sucesso, basta observar grandes games que usam esses guardiões e objetos sagrados como um senso de objetivo. Você sabe que os personagens de Hooligan precisam sobreviver  o que, convenhamos, não cria
um roteiro profundo o suficiente  mas a existência de 19 juízes na história faz você acreditar que pouco a pouco esses caras vão treinar até conseguir derrubar cada um. Você torce por eles, torce para que encontrem novos amigos além de trazer um senso de urgência de que cada número ultrapassado será um desafio ainda maior.

Sobre os Personagens

Sasha, Riot e Rest formam um belo trio. Sasha é sensual e tem seu senso de justiça de querer ser uma mulher forte e determinada (e eu nem adoro esse tipo de personagem, certo?). Rest é a mente do grupo e Riot é o cara que fará seu papel de protagonista com ações por vezes sem pensar, mas que você fica confiante de que ele vai dar um jeito. O Jayson reuniu todas as sensações de um mangá shonen, por trás da trama tensa de um mundo pós-apocalíptico, ainda encontramos pessoas que são capazes de sorrir e fazer o que é certo. As partes de alívio cômico foram muito bem vindas para amenizar um pouco o clima, mas o destaque na pancadaria e na busca pela sobrevivência do dia-a-dia é o que define as qualidade de Hooligan.

Quando comprei o mangá no evento Geek Fantasy, conferi também uma série de desenhos originais feitos pelo Jayson. É muito legal esperar pelos novos personagens que darão as caras enquanto vamos aos poucos nos acostumando aos protagonistas. Dá para sentir o carinho do autor por cada um deles. Geralmente, secundários são os meus favoritos. A cena das infância faz com que as 100 páginas do primeiro volume sejam o suficiente para nos acostumarmos com o trio principal e entendermos um pouco do motivo deles estarem juntos, mas muitos mistérios permanecem.

Outro detalhe que chamou a minha atenção foi a existência de seus próprios elementos poderosos, como apresentadas as limbshelters, um equipamento utilizado por pilotos profissionais para se protegerem contra acidentes. Pela preocupação de Riot em conseguir um, é notável que este equipamento é uma espécie de item cobiçado e desencadeará algo maior no futuro.


Não se pode dar as costas para alguém que te chama de panaca.
É BOM SUMIR MESMO, SEUS PANACAS!

Considerações Finais

Hooligan é uma obra nacional incrível e de altíssimo nível, uma história com bons personagens, cenários excelentes e porradaria para todo lado. Posso dizer que foi uma das minhas maiores surpresas no evento, você sai para trabalhar um dia e acaba conhecendo pessoas incríveis que estão correndo atrás de seus sonhos. Elas não ficam apenas sentadas esperando um milagre acontecer  elas vão e fazem acontecer. Hooligan é a prova disso, é a prova de que você não precisa achar que o sonho de ser um mangaká é uma realidade distante. As coisas aqui no Brasil são como jogar no modo Hard com metade da sua energia disponível, mas serve como uma tremenda motivação para acreditar que é possível chegar lá. É aquele projeto que você olha e sente orgulho, é possível ajudá-lo de outras formas além de comprar o mangás, de repente divulgando para um amigo ou enviando uma simples fanart faz toda a diferença. Há muita gente capacitada aqui, só precisamos olhar com mais atenção.

O valor de 15 reais se iguala a maioria do preço dos mangás que temos hoje em dia nas bancas, mas lembro de ter ouvido pessoas no evento dizerem que era muito caro "por uma obra nacional". Caso você não queira pagar, a mesma história estará de graça na internet. Você compra como uma forma de apoio, você lê a história que foi feita por um cara que está na sua frente e continua se esforçando para conseguir seus sonhos.

Vai ser difícil? Vai ser difícil pra p*rra, mas você é o único tem conhecimento de seus limites e do quanto está disposto a seguir com seu sonho.Para fechar, deixo aqui uma frase que o autor postou no seu site:

"Acredite nos seus sonhos e mais importante do que acreditar, trabalhe duro para fazer eles se tornarem realidade. Muita gente fala sobre acreditar nos sonhos que tudo vai dar certo, usam a palavra sonho para manipular os outros e por aí em diante, mas só você define seus sonhos e só você tem o poder de fazer eles acontecerem, mesmo que o mundo esteja contra." Jayson Santos.

sexta-feira, 3 de março de 2017

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