Mortimer

"Se me permite dizer, eu sou fissurado na sua raça. Humanos são incríveis. Amo suas vestimentas, costumes, o gosto... Nada como uma xícara de suco gástrico e um lugar quieto para que eu desfrute de meus prazeres."

— Mortimer, Capítulo 23 - Alma de Diamante.

Mortimer é um dos terríveis filhos da Peste Negra, o quarto na linhagem de seus generais. Ainda que monstros naturalmente possuam uma natureza selvagem e independente, Mortimer não se importa em conviver em sociedade e sempre buscou se misturar a outros povos. Desde cedo demonstrou um interesse incomum nos humanos — especialmente em sua carne —, de forma que parte de seus costumes e trejeitos tenham sido adquiridos ao observar como eles se vestiam e se comportavam.

Mortimer adotou para si uma pose elegante, sempre vestindo cartola e roupas extravagantes. Ele se considera um entusiasta pela raça humana, e jurou que só os comeria em "casos especiais". Ainda assim, Mortimer e sua companheira Mawada adoram se divertir e estão sempre buscando formas de torturar as pessoas em brincadeiras que muitas vezes ultrapassam os limites.

Por serem generais da Peste Negra, Mortimer e Mawada são introduzidos somente após a metade do Livro 2 - Alma de Diamante. Eles não são uma presença constante na história, embora sejam vistos sempre juntos discutindo seus gostos duvidosos ou tramando travessuras. Eles são donos do Bar Nosferatu.

• Garras Catastróficas [Ofensivo] - O golpe mais letal de Mortimer. Há uma grande chance de causar danos críticos,  paralisia, queimadura ou envenenamento;
• Braço de Agulha [Ofensivo] - Uma técnica onde o usuário estica suas unhas/garras e atinge os pontos vitais de um adversário, podendo incapacitá-lo por algum tempo;
• Unhas Venenosas [Ofensivo] - Pode causar envenenamento;
• Hálito Corrosivo [Defensivo] - Um gás fedorento é emitido, causando náuseas e impossibilitando que os oponentes usem cura ou mantenham a concentração.

"Mawada, má menina! Humanos são amigos, não comida."

— Mortimer, Capítulo 25 - Alma de Diamante.

"Foi então que eu o vi. Meu querido Mortimer trouxe um destino ainda mais cruel para meus captores. Fiquei banhada em sangue, mas me senti como uma princesa em uma banheira particular. Minha visão estava turva e eu não conseguia pensar direito devido aos maus tratos. Ele então me pegou no colo, e eu soube que ele cuidaria de mim."

— Mawada, Capítulo 25 - Alma de Diamante.

"Nós iremos brincar com vocês até o público se cansar e, quando isso acontecer, vocês serão descartados assim como os humanos jogam foram comida estragada. Mas não é assim que as coisas funcionam aqui. Aqui comemos os restos."
— Mortimer, Capítulo 16 - Coração de Ouro.

• A aparência de Mortimer possui influência do personagem de terror conhecido como Slender Man;
• Mortimer é uma das raras ocasiões onde o personagem não tinha nenhum planejamento nos rabiscos antigos do autor. Tanto ele quanto Mawada foram criados inteiramente para os livros;
• O nome de seu bar, o Nosferatu, é baseado em uma figura lendária dos contos de vampiro. Embora no universo de Matéria não exista uma raça de vampiros propriamente dita, é possível que Mortimer pertença a uma ramificação dessas criaturas, tendo em vista que prefere locais escuros, demonstra interesse por taças de sangue e consegue se misturar entre humanos.

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Divindades de Sellure

O encontro entre Ralph e o Narrador. Ilustração feita por Nyx para o Livro 1, mas acabou sendo descartada.

O universo de Sellure é governado por três entidades divindades: Araya, a deusa do Mundo De Cima; Yllata, a deusa do Mundo De Baixo; e o misterioso Narrador.

Antes mesmo que o calendário atual tivesse sua contagem iniciada, os povos antigos cultuavam apenas duas deusas — Araya e Yllata — que formavam um mesmo círculo, opostos indispensáveis que se complementam. As divindades são conhecidas por proteger tanto os vivos quanto os mortos, mas não de uma forma que haja um embate entre elas, pelo contrário, há quem acredite que as duas são uma só. Expressões como "Pela graça de Araya!" estão comumente associadas ao fato da deusa dos céus ser a protetora e guia para os vivos, enquanto "Que Yllata vos guie" está associada à vida pós a morte, embora seu nome também seja vulgarmente utilizado como xingamentos e maldições por alguns.

É dito que Yllata habita o mundo reverso, popularmente conhecido como Unferis. Ela é a responsável por guiar as almas dos mortos e prepará-las para a reencarnação, onde impõe suas regras e punições. Yllata é o inevitável fim da jornada. Isso lhe rendeu a reputação de ser uma divindade cruel e impiedosa. Historiadores a retratam como uma mulher de longos cabelos escuros e sempre vestida de preto, cuja voz é capaz de impelir medo até mesmo nos mais cruéis vilões. Todos que chegam ao Unferis terão de passar por seu julgamento.

Araya é conhecida como a divindade da bondade e da esperança. Dizem que depois de paga a sentença no Unferis, uma alma pode reencarnar ou ir para o além, uma espécie de paraíso transitório, até que esteja pronto para reviver em algum dos milhões de mundos de livros de fantasia. No além, é dito que um trem irá guiar as almas por um oceano sem fim, mas não há nenhuma informação para onde ele vai.

Apesar da ideia lúdica de que exista um mundo perfeito sem dor ou sofrimento, a religião de Sellure prega a ideia de que é necessário passar pela morte antes de atingir a grandiosidade no "paraíso" por assim dizer. Isso afasta a necessidade de que os vivos, se forem bons, serão recompensados. Cada um receberá um julgamento igual de acordo com a maneira como viveu, dessa forma, o ciclo se reinicia infinitamente. A finitude da vida, independente do que se faça, é algo que todos terão de enfrentar.

A Origem da Terceira Divindade

Dizem que um misterioso viajante começou a frequentar as terras de Sellure antes mesmo que o reino possuísse um rei ou fosse batizado com esse nome.

Este Viajante tinha o poder de realizar milagres e desejos, e por conta disso, muitos passaram a enxergá-lo como uma espécie de divindade. Ele viajava por todos os lugares, de ilhotas até cavernas inexploradas e montanhas nunca antes escaladas; sempre contando histórias e compartilhando sua sabedoria com uma civilização que ainda estava se construindo. Quando os boatos se espalharam, muitos passaram a buscar seus conselhos e poderes com intenções egoístas, de forma que as aparições do Viajante se tornaram cada vez mais raras.

Após um longo período sem ser visto por ninguém, a existência do Viajante transformou-se em lenda, consequentemente, os povos acreditaram que ele tivesse morrido ou fosse apenas fruto da imaginação popular. Contudo, foi na ascensão de Ronem Romenor, o primeiro rei, que boatos sobre o ressurgimento do Viajante ganharam força. Ronem alegava ser o escolhido de uma divindade após escutar a profecia de uma das Sacerdotisas da Lua, e que estava destinado a realizar grandes feitos. Ronem ficou conhecido como "O Conquistador" e fez seu nome tornar-se famoso por reunir um exército grande o bastante para unificar todos os povos livres sob uma única bandeira, fundando oficialmente o Reino de Sellure. Todavia, o desejo lhe subiu à cabeça e Ronem acabou por morrer ainda jovem, sem deixar herdeiros. A morte de Ronem deu início à contagem dos anos no calendário atual de Sellure, marcando assim o Ano Zero.

Relatos sobre a presença do Viajante voltaram à tona durante a Guerra dos Heróis, quando as raças passaram a disputar entre si por conta da divisão dos territórios deixados por Ronem, influenciadas pela maldade de Glaüner, o Dragão das Maldições. Ao se dar conta de que o reino recém fundado caminhava para o colapso, o Viajante decidiu interceder. Ele concedeu um desejo para cada um dos Três Heróis que lutaram por suas raças — sendo eles o Canas, o Descobridor do Mundo, que lutava pelos humanos; Tokay, Asa Negra, representava os geckos; e Armora Defesa, os tótines — como um presente pela unificação das raças para enfrentar o dragão.

Este foi o último registro de uma aparição do misterioso viajante.

Após este ato, ele passou a ser conhecido como o Narrador.

CURIOSIDADE

Segundo a mitologia, mesmo as divindades de Sellure um dia serão substituídas, passando o seu legado para outro ser que deverá manter a ordem e o controle deste universo, até que, por fim, um dia ele seja completamente esquecido. E assim, seu mundo acabe.

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O que são Esferas de Comunicação?

As Esferas de Comunicação (ou Communication Orbs) são itens encontrados no universo Matéria que servem como meio de contato entre longas distâncias. Elas existem nas mais variadas cores e tamanhos — quanto maior, mais rara é, o que reflete também em seu preço no mercado —, e seu uso pode ser tanto pessoal quanto comercial.

Quando duas esferas são encostadas uma na outra, elas passam a poder se conectar e transmitir mensagens entre si, seja através de voz ou imagens translúcidas em seu interior. Esferas pequenas tendem a armazenar um menor número de contatos — de um a três — enquanto as maiores podem estabelecer uma conexão com mais dez. Existem até mesmo esferas gigantes que podem armazenar dados e imagens durante horas, e foi dessa forma que o povo de Sellure criou o cinema, transmitindo filmes através do uso dessas esferas gigantes.

"Sobre a mesa estava um pequeno orbe azulado, do tamanho de uma bola de beisebol — também conhecida como Esfera de Comunicação, era o meio de contato mais rápido do reino. Um item cobiçado por viajantes, pois quando ligados através de eletromagnetismo, os orbes estabeleciam contato através de sons mesmo a milhares de quilômetros de distância." — Capítulo 3 - Espada de Madeira.

ONDE ENCONTRÁ-LAS?

As esferas podem ser encontradas dentro de cristais, minérios e até mesmo pedras preciosas, mas são extremamente raras. Existem cavernas e minas de escavação especializadas em sua extração espalhadas em todo o reino que visam seu estudo e preservação, pois se trata de um recurso finito que vem se tornando cada vez mais escasso.

Uma das minas de extração mais famosas é o Vulcão Naval em Perpetua, que possui uma quantidade absurda de Esferas de Comunicação azuis. Tendo sido a primeira descoberta em Sellure, seus recursos foram explorados até quase atingir o esgotamento, o que acabou por despertar uma série de monstros e criaturas selvagens que fizeram dessas cavernas gélidas o seu abrigo. Atualmente encontra-se desativada, mas ainda há aventureiros que ousam invadir seu território em busca de tesouros.

QUAL O SIGNIFICADO DAS CORES?

A cor de uma esfera nada mais é do que um reflexo do local onde foi encontrada — as azuis são mais comuns em zonas frias e próximas a lagos e rios; as vermelhas podem ser extraídas dentro de vulcões e áreas de extremo calor como desertos; as roxas são extremamente pesadas e surgem em regiões abissais, dizem que elas são capazes de estabelecer uma conexão até com outros mundos. Há diversas outras colorações e misturas que intrigam colecionadores e estudiosos da mana.

Nos livros, Raito e Raegar possuem Esferas de Comunicação que são usadas para que os dois estabeleçam contato. Esses itens não aparecem com tanta frequência na história, pois são pesados e desengonçados para longas viagens, logo é mais comum encontrá-las em postos de atendimento ou locais onde a esfera possa permanecer inerte e funcionar como uma espécie de telefone.

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Somenar

"Antes de você sair daqui, eu prometo que vou te quebrar em um milhão de pedacinhos." — Capítulo 27 - Alma de Diamante.

Somenar é um homem insensível, orgulhoso e sádico que atua como o médico da Peste Negra. Após ingressar na academia de arte e magia branca em Helvetica, Somenar acabou por ser expulso devido ao seu comportamento extravagante e métodos duvidosos. Ainda jovem, sua notoriedade como um cirurgião do submundo alcançou Rudsi, dos Três Soberanos, que visava construir um exército capaz de dominar todo o reino. Somenar lutou pela Coroa de Ferro e se consagrou como um de seus generais mais mortais. Após a morte de Rudsi, não se ouviu mais sobre seu paradeiro.

Seus métodos de batalha envolvem combate com facas e objetos cortantes, sendo também muito bom em arremessar dardos e adagas. Por sempre ter sido uma criança franzina e de pouca estatura, Somenar aprendeu a atacar seus oponentes em pontos vitais de forma a imobilizá-los, deixando sequelas profundas. Seus métodos violentos eram temidos até mesmo entre os colegas no exército, e há relatos de que ele tinha a permissão para realizar experimentos com os corpos das vítimas.

Somenar estreou no blog com uma pequena participação no especial do Passado dos Personagens de Auria, atuando como general de Rudsi na destruição de Cortina Escarlate. É mostrado que ele e Vias Cruzadas enfrentaram Dalton e Floria Mercer, e que provavelmente foram os responsáveis pela morte dos pais de Auria.

Em Alma de Diamante, Somenar volta a aparecer após a metade do livro durante os capítulos dos túneis. Sua presença é recorrente, destacando-se como um dos principais antagonistas do Livro 2.

• A Queda de Cortina Escarlate [As Histórias Perdidas]

• Letalidade [Ofensivo] – O atacante mira pontos letais e causa um dano crítico que ignora defesas;
• Pontaria Perfeita [Ofensivo] – O nível de sua precisão é aumentado consideravelmente;
• Jogo Sujo [Ofensivo] – Usuário troca de lugar tão rapidamente que os olhos não conseguem acompanhar, expondo as fraquezas do adversário;
• Pernas Velozes [Support] – Garante um bônus em agilidade para si e os companheiros;
• Impulso Temporal [Support] – Aumenta a chance de ataques críticos do usuário e companheiros; 
• Divisão de Dor [Support] – O alvo recebe uma recuperação a custo dos pontos de vida de um aliado ou inimigo;
• Selamento de Velocidade [Support] – Independente da agilidade do adversário, o usuário irá atacá-lo primeiro;
• Persuasão [Habilidade Passiva] – Consegue facilmente enganar e manipular indivíduos com seu carisma.

"Não foi tão escuro e assustador quanto imaginou que fosse, não é? "

— Somenar, Capítulo 21 - Alma de Diamante.

"Não seja hipócrita. É mais fácil desistir e ceder a uma doença terminal do que continuar tentando viver."

— Somenar, Capítulo 23 - Alma de Diamante.

"Agora tente imaginar a seguinte cena: você está ali, bem de frente à pessoa que matou seus pais, seus irmãos, sua família e amigos... Será que conseguiria olhar nos olhos dele e dizer que o perdoa?"
— Somenar, Capítulo 27 - Alma de Diamante.

• O personagem sofreu diversas alterações ao longo do tempo.  No planejamento original, Somenar seria o fantasma de um tótines, tal como Drake. Uma das ideias descartadas era que ele fosse um gecko assassino;
• Seu nome original seria Somenhart, mas a pronúncia ficaria péssima;
• Sua aparência possui traços do Drácula, de Castlevania, e também do Cara do Chapéu Coco, em Família do Futuro;
• Somenar é provavelmente um dos vilões mais cruéis do autor.

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