sexta-feira, 28 de julho de 2017

Capítulo 8

Ralph sempre pensava em como poderia ajudar as pessoas, desde os negligenciados até os que apenas precisavam de uma segunda chance. Fantasiava sobre um lugar onde heróis e vilões pudessem reunir-se sem causar tumulto, formando equipes que buscassem objetivos semelhantes. Não seria uma tarefa fácil, mas sentia que tinha um plano e precisava expandir sua ideia por toda a Sellure até ser reconhecido em cada província.
Lesten quis apresentar sua casa, entrou encurvado para dentro da cabana enquanto repetia um gesto convidativo cheio de empolgação. Mesmo que os geckos tivessem o costume de agir com desconfiança com forasteiros, eles ainda adoravam receber visitas e preparar refeições com iguarias excêntricas e temperos que nenhuma outra raça sabia cultivar.
— Sejam bem-vindos à minha humilde residência. Podem ir entrando, fiquem à vontade!
A cortina de cocais escondia uma completa bagunça. Restos de comida estavam jogados pelos cantos, o ambiente exalava um estranho odor de dormitório masculino composto por cinco ou mais garotos que decidiam fazer a limpeza só depois de um mês inteiro de festas. No primeiro andar o chão era forrado com tábuas de madeira improvisadas e cheias de buracos. Seus pertences mais importantes ficavam em uma área superior, caso a água do mar decidisse subir ao anoitecer e ele fosse pego de surpresa. O que Lesten chamava de “segundo andar” era um amontoado de caixotes e barris embaixo de toras de madeira que se sustentavam como pilares, uma rede de dormir estava estendida de uma ponta à outra e só uma lagartixa poderia alcançá-la no topo. Havia uma lareira — o que Auria não soube explicar a princípio —, pois os geckos precisavam de calor para manter o sangue aquecido em noites frias, mesmo vivendo em uma ilha tropical.
Ralph encantou-se com a autenticidade. Era a casa perfeita para alguém que desejava morar sozinho, alheio aos deveres e obrigações com o resto do mundo.
— Cara, faz um tempão que não recebo visitas. Vocês me pegaram de surpresa! — disse o lagarto enquanto reunia seus pertences. — Sorte que eu limpei a casa, ontem mesmo aproveitei para jogar fora o lixo.
— Pois é. Vimos a sua varanda — comentou Auria, nem um pouco discreta. — Como alguém pode viver nessa bagunça?
— Bagunça é quando a maré sobe e leva tudo embora. Por isso deixo aquela área elevada ali em cima para colocar minhas coisas importantes penduradas. Ah, e cuidado com o buraco no chão.
— Isso tudo é muito interessante — respondeu Ralph por fim. Ele espremeu-se embaixo de alguns caixotes como se fosse um esconderijo. — Sem regras, sem leis. Você pode fazer tudo que quiser e quando bem entender!
Auria apoiou as mãos sobre a caixa e encarou o garoto de ponta-cabeça.
— Pronto. Realizou seu sonho?
— Como assim?
— Você disse que queria ter amigos para compartilhar suas histórias. Aqui estamos nós. Você queria construir uma base notória onde fosse reconhecido. Aqui está a base.
— Auria, você não entendeu. — Ralph caiu na risada. — Eu não procuro uma base, uma guilda ou um castelo requintado, eu quero um lar! Um lugar onde pessoas possam se reunir para compartilhar bons momentos. O lar é uma consequência de onde nos sentimos plenos e felizes. Você se sente feliz?
Auria levou a mão até sua cabeça em sinal de desapontamento.
— Bem, eu não gosto daqui — falou enquanto verificava a qualidade das paredes que caíam quando ela as empurrava com força.
— Poxa, também não ofende! Eu ergui essa cabana com muito esforço — respondeu Lesten, abrindo uma fruta com suas garras para depois abocanhá-la. — Vocês recuperaram seus pertences, então por que não vão embora logo?
Quando Auria estava para pegar Melodia, o lagarto passou-a para a mão esquerda. Ela franziu o cenho, tentou pegar a espada novamente e Lesten esquivou-se, a arma agora estava presa em sua cauda. Auria largou sua mochila e derrubou o lagarto no chão.
— Quer parar de bancar o engraçadinho, sua lagartixa degenerada?
— Foi mal, foi mal! Eu só queria saber como tu reagiria — lamentou o lagarto com o pescoço ainda dolorido. — Tu bem que precisava de um regime, acha não? Parece que está carregando uma armadura inteira no bolso.
Auria saiu de cima do lagarto que respirou fundo com o ar que voltava para seus pulmões. Ralph ajeitou sua espada de madeira nas costas e, após olhar tudo de relance, foi em direção da saída para observar a vista.
— Pensando bem, ele nunca me encontraria aqui...
— Ele quem? — perguntou Lesten.
— Um contador de histórias, um viajante que o Ralph conheceu quando era criança — falou Auria. — Nós estamos isolados em uma ilha. Ele nunca vai te encontrar.
— É tão difícil descobrir o que fazer sem a ajuda de um mentor... Lesten, acha que pode nos levar para o porto? Precisamos voltar para o continente, nossa função nesta ilha está cumprida.
O lagarto era tão esquecido que não levara em conta o porquê de estar morando sozinho, longe de toda civilização. Podia considerar-se privilegiado pelo fato das autoridades não terem obrigado que ele partisse da Ilha dos Geckos, mas dar as caras no centro da cidade não era uma das ideias mais sensatas.
Eles seguiram pela costa evitando ao máximo contato com a selva repleta de insetos e monstros. O som constante das ondas trazia a sensação de continuidade, as pegadas do lagarto iam ficando para trás. Às vezes, quando Lesten corria pela praia, fincava as quatro patas no chão e ganhava velocidade para caçar caranguejos que se escondiam na areia com ainda mais rapidez. Terminava todo sujo depois que enfiava o focinho na areia para apanhá-los, quase sempre retornava vitorioso com um petisco entre os dentes.
Ralph aproveitou para retirar suas botas, arregaçar a barra da calça e sentir a areia em seus pés. O jovem voltou-se para Auria e perguntou:
— Por que não entra também?
— Não estou muito disposta, obrigada — ela respondeu num ar sério.
— Oh, fêmea, tu não sente calor dentro desse casulo encouraçado? — perguntou Lesten.
— É uma jaqueta. E foi um presente da minha irmã mais velha, é uma das poucas coisas que guardei dela antes de ir embora. Quando visto sinto que estou protegida, como se fosse a minha própria armadura — disse Auria. — Estou morrendo de calor, mas não quero tirar. Nunca se sabe quando alguma criatura pode atacar, ainda mais na costa do oceano.
— Alguma coisa... tipo um monstro? — Lesten mencionou com entusiasmo. — Sei tudo sobre eles! Monstros mais antigos que a própria história, habitando as profundezas do mundo, criados desde os tempos em que Tokay, Asa Negra, ainda explorava a terra, os mares e o céu.
— Você também é fã do Asa Negra? — perguntou Ralph. — Ele é o meu ídolo!
— Não brinca. Toca aí, ruivo, tu é o cara! Não faz nem uma hora que nos conhecemos, mas acho que já gosto de ti.

i

Lesten os levou ao cais onde o navio da Vila das Pérolas havia atracado. Existia uma taverna conhecida como Escama Azul, famosa por aperitivos que iam desde casquinha de siri até camarões e lula à dorê, mas a iguaria mais cobiçada era um drink azulado de teor alcóolico chamado Cascata do Dragão. Na recepção também era possível alugar um barco de pescador para que fizessem seu caminho de volta à terra firme.
Lesten entrou na taverna empurrando a porta com as duas mãos, Auria do lado direito e Ralph do outro. Os poucos geckos dirigiram seus olhares para os humanos primeiro, mas por algum motivo não fixaram a atenção neles. Alguns se calaram, outros levantaram e foram embora pela porta dos fundos. O restante ficou observando-os de longe, como se apenas esperassem o inevitável. Logo retomaram suas atividades, mas o clima não era mais o mesmo.
O lagarto guerreiro carregava um sorriso torto entre os dentes, foi até o balcão e sentou-se numa banqueta que girou sem parar, depois pediu três copos de Cascata do Dragão para ele e seus novos amigos.
— E aí, sentiram falta do seu freguês favorito? — disse Lesten. — Como passaram sem minha ilustre presença? Aposto que quase vieram à falência sem seu melhor cliente, vejo que estão até carentes de um pouco de bom humor!
O barman que os atendia permaneceu sério, depois abaixou a cabeça e continuou limpando um copo de vidro como se não tivesse nada melhor para fazer. Lesten ria alto e chamava muita atenção, mas ninguém lhe dava ouvidos. Auria imaginou se era por culpa dela e de Ralph que os outros geckos estavam tão nervosos e incomodados.
Foi então que alguém nos fundos gritou:
— Se manda, Lesten. Não te expulsaram da ilha?
— O quê? — ele berrou. — Quem disse isso?
Lesten virou-se furioso com a acusação, saiu de sua banqueta e caminhou até um grupo de amigos que bebiam juntos. Sem esperar maiores explicações, ele ergueu um deles pelo colete de pele e encarou-o nos olhos sem pálpebras.
— E o que tu vai fazer a respeito?
Dessa vez foi o atendente quem interferiu:
— É por isso que não gostamos de você por aqui, Lesten! Veja suas atitudes! Todos ficaram felizes no dia em que souberam que você não poderia mais vir ao centro. Sem mesas quebradas, copos ou janelas destruídas. Nenhuma briga. Ninguém nunca mais saiu incomodado, nem machucado. E tudo isso porque você foi embora.
O lagarto largou o sujeito. Olhou para cada um ali presente e sentiu-se traído pela própria raça, por pessoas com quem — pelo menos de sua parte — acreditava serem seus amigos.
— Mas eu animava esse lugar — Lesten respondeu atônito. — É da nossa raça. Brigamos, lutamos, defendemos uns aos outros porque somos... geckos. Essa é a nossa natureza.
— Não. Nós nunca fomos animais, somos seres civilizados. A sua natureza é ser um animal — respondeu o atendente com firmeza, abaixando a cabeça. — Vá embora, Lesten, antes que eu chame a marinha e peça para que eles te mandem dessa vez para mais longe, em um exílio do qual nunca mais poderá voltar.
Ralph decidiu intervir pela primeira vez desde que entrara no Escama Azul.
— Meu senhor, não queremos intrigas. Se o Lesten veio até aqui, é porque eu pedi a ele. Meu nome é Ralph, recebi a criação de geckos como vocês. Sei como são os costumes.
— Não é a nossa intenção censurá-lo, meu bom garoto — disse o velho atendente. — Mas ouça meu conselho, este companheiro que arranjou não é confiável. Ele traiu seu batalhão no exército, não tem respeito algum pelos mais velhos e experientes, arrumou encrencas condenáveis e, quando você mais precisar, ele virará as costas.
Ralph voltou-se para Lesten que mantinha a fronte baixa, sem concordar nem negar nenhuma daquelas acusações.
— Ele é um mentiroso — continuou o fregueses ameaçado, ajeitando o colarinho. — Não sabe conter suas brincadeiras e ultrapassa qualquer limite aceitável. É por isso que não há lugar para alguém como Lesten entre nós.
Auria enfiou as mãos nos bolsos, agora todas as suas suspeitas a respeito daquele lagarto encrenqueiro estavam confirmadas.
— Ele vai melhorar — prometeu Ralph com convicção, o que impressionou a todos. — Não vai, Lesten?
O rapaz olhou para o lagarto que manteve a cabeça baixa. Quando esticou a mão em sua direção, Lesten revidou com um arranhão que o fez recuar de imediato. Ajeitou sua armadura no corpo e lançou um olhar fuzilante para cada um ali presente.
— Eu não preciso “melhorar”. Não preciso mudar para agradar ninguém.
O lagarto saiu e chutou a porta com tanta força que se partiu ao meio. Ele bufou impaciente, mas logo voltou a caminhar em direção do píer.
O barman soltou um longo suspiro de desaprovação. Ralph não estava bravo ou irritado pelo arranhão que levara, que inclusive sangrava muito. Sua expressão demonstrava apenas preocupação.

ii

Lesten caminhava pelo píer com o olhar perdido e os pensamentos abalados. Parou assim que atingiu a ponta, onde se sentou e observou a fita vermelha em sua lança esvoaçar ao toque do vento. Ele observou-se no reflexo de sua espada, viu a cicatriz que lhe trazia tantas lembranças e soltou um suspiro.
— É, meu irmão... Só mesmo família para me aguentar.
Havia alguns poucos barcos pesqueiros na região. Lesten nunca admitiria seus erros do passado. Aquela ideia de sair em uma aventura com pessoas que acabara de conhecer não fazia sentido algum. Talvez fosse melhor continuar onde sempre estivera, onde ninguém jamais o encontrasse. Dessa forma, ninguém o criticaria ou tentaria impor regras e mudar sua natureza.
Havia uma fragata aproximando-se da costa, um navio de guerra usado nos dias antigos. As bandeiras não exibiam símbolo algum. Os pescadores locais imaginaram tratar-se de um navio de turismo que eram comuns naquela época do ano, um espetáculo e tanto a ser observado. Banhistas e turistas na praia acenavam contentes.
Mesmo que tivesse sido afastado dos serviços no exército há cerca de cinco anos, ele reconhecia que uma embarcação sem bandeiras não tinha boas intenções.
A fragata moveu-se silenciosa e um bote cheio de homens desprendeu-se da embarcação. Sujeitos grandes e robustos ancoraram na praia como se fizessem uma viagem de férias em terras estrangeiras, apesar de estarem armados e com expressões nada amigáveis.
A pequena tripulação era composta por cerca de oito homens sujos e enfadonhos, alguns carregavam espadas e machados, mas o mais surpreendente eram as armas — daquelas que matam num instante, que usam mecanismos modernos e pólvora, que tornam espadas ineficazes e rompem as armaduras mais resistentes. Eles com certeza tinham algum contato obscuro de fontes desconhecidas, porque armas eram raríssimas e caras em qualquer região de Sellure.
O líder deles era o mais bizarro, um homem tão gordo que os outros sete precisavam ficar do lado oposto do bote para equilibrar seu peso. Na cabeça ao invés de um chapéu clássico carregava uma sacola de ouro, como se desejasse que todos contemplassem seu tesouro.
Ao deparar-se com a porta que Lesten quebrara minutos antes, o homem não conseguiu esconder a decepção.
— Quem quebrou essa porta? Vocês vão me obrigar a consertá-la só para eu destruí-la de novo?!
Ele indicou que dois de seus comparsas erguem-se a porta quebrada e a colocassem apoiada em seu devido lugar, depois foram todos embora. Os clientes da taverna se entreolharam. Segundos depois ele voltou, chutou-a com força e dessa vez estava rindo como o sujeito insuportável que era.

— Bah, hahaha! Eu sou Johnny Goldo, o Contador! Não respeito regras de humanos ou lagartos que me impeçam de entrar nessa ilha. Ajudem o bom Goldo, que o Goldo ajuda vocês.



Os clientes pareciam assustados, Ralph girava em sua banqueta e Auria continuava tomando um gole da bebida que lhe fora oferecida. O pirata e seus comparsas se acomodaram no balcão e o garoto cumprimentou-os contente.
— Olá, meu nome é Ralph, da Espada de Madeira. Algum de vocês quer entrar na minha equipe?
Goldo arqueou uma das sobrancelhas e ajeitou suas pernas balofas. Ele fungou o nariz sujo e soltou uma baforada fedida no rosto do rapaz:
— Você me parece estranhamente familiar — Goldo balbuciou enquanto coçava a barba. — Mas enfim, você tem dinheiro para fazer essa oferta?
— Sim, sou a pessoa mais rica de Sellure. Tenho um tesouro aqui, do meu lado.
Auria quase engasgou com a bebida. Goldo ficou observando-o dos pés à cabeça, devia ponderar sobre a resposta inesperada. Virou-se para seus companheiros e retirou o saquinho de dinheiro da cabeça, eles faziam contas com os dedos das mãos com certa dificuldade, só para ter uma noção aproximada do quanto possuíam.
— Tesouro? — Ele guardou o saco de dinheiro no cinto. — Bem, meu caro amigo, acho que começamos a falar a mesma língua. Estamos falando de quanto?
— De um valor inestimável — respondeu Ralph balançando a cabeça. Em seguida, ele colocou a mão no ombro de Auria e falou: — Afinal, amigos não se compram! Também tem o Lesten que está lá fora e ele eu até poderia fazer na promoção, mas não acho que vou poder vendê-los para o senhor, são o meu maior tesouro.
Os piratas começaram a rir alto e em conjunto, logo todos riam de Ralph, que também começou a rir. Auria agarrou a gola da camisa dele e encarou-o com aquele ar desafiador e olhos insondáveis.
— Quer bancar o engraçadinho para cima de estranhos? Não percebe que eles estão armados?
— Eu também estou — lembrou Ralph, apresentando sua espada de madeira.
— Eu odeio quando você faz isso... Me faz ter coragem.
Goldo riu a ponto de precisar limpar as lágrimas forçadas de tão engraçado que achara a situação. O pirata então olhou para Auria que manteve o cenho franzido e sua costumeira feição de mau humor. Arregalou os olhos e riu o mais alto que pôde.
— Ela é o tesouro? Essa é a mulher mais feia que eu já vi em toda a minha vida! Bah, hahaha!
Goldo e sua tripulação fazia piada de qualquer situação. Dessa vez Ralph não riu. Não admitia que falassem mal de seus amigos na sua frente. Levou a mão até a bainha da espada em suas costas, mas sentiu alguém tocá-lo e pedir que se contivesse.
— Esses caras têm uma conta a acertar comigo.
A moça caminhou em direção do pirata que ainda ria sem parar. Ao erguer o punho, deu-lhe um soco tão forte na cara que todas as moedas em sua sacola de dinheiro voaram e se espalharam pelo chão, fazendo com que os lagartos presentes se levantassem para apanhá-las em um tumulto frenético. Goldo cuspiu um dente de ouro que se perdeu ali no meio, desaparecendo nas mãos de alguém que o confundiu com uma moeda.
A mulher mantinha o peito estufado. Auria abanava sua mão dolorida pela força inesperada que usara, nem ela conseguia acreditar que acertara alguém na cara, devia estar guardando essa vontade desde que ingressara na academia. A sensação era incrível para seu deleite, seus olhos ardiam como ferro em brasa.
— Que mulher irritante! — Goldo tentou levantar-se atordoado. — Homens, saqueiem tudo que encontrarem! Dinheiro, produtos de valor, até mesmo comida; precisamos de um estoque grande para nossa viagem até a Ilha-S. Essa mulher vai se ver comigo.


  5 comentários:

  1. Eu, o Napolin Colorado ajudarei vocês!

    *Pá pá pá!*

    E nada...

    Pois bem Canas, mais um chapter bom, este que eu adivinhei o tema e o vilão no anterior, UOOOHOOOO!!!!

    Cara, ficou bem bacana, mas achei meio curtinho.

    Olha, não vou comentar muito porque já enci bastante sua paciência, então falou!

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    1. Obrigado, Sir. Na verdade essa é a média dos capítulos, algo em torno de 3500 palavras, não quero passar de 5000 porque recebi o feedback de alguns leitores no wattpad e eles parecem preferir algo mais curto. Mas de vez em quando eu acabo extrapolando mesmo kkkkkk

      Está na hora de Johnny Goldo voltar direto do Passado dos Personagens! Vai saber o que esse pirata ainda tem escondido debaixo da manga... Sinta-se à vontade para encher a paciência cara, dificilmente recebo comentários aqui em Sellure então estou sempre por aí de bobeira kk

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  2. OoOOOOOH FUCK, It's HIM! Man, I never know what to expect when you write this man, I'm always suprised at what keeps happening, truly a great mark of a fantasy/adventure series if I've ever seen one! Keeps me invested in what is going to happen next!

    Love the way you handled Lesten here and how you get the reader to sympathize with him, and even leave us wondering what he means by keeping his brother's promise. Really felt for the poor guy and how he doesn't mean to make trouble on purpose, but keeps on alienating people because of who he is.

    And the ending, my God, I was so fucking happy when Auria gave it to him! Fucking badass, I was legit cheering out loud when I read that! Fucking bravo dude, I'm falling more and more in love with her as I read on. Truly you understand what makes a babe like her so special and admirable. ^0^

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    1. Thanks a lot, dude! I was afraid that I was taking too long to start the main quest, I mean, by Chapter 10 the characters are still building their team and didn't start the true adventure! But if you say that you are having fun by now, that's what matters :D

      Lesten has a lot of mysteries involving his brother (the red lace on his lance is a gift from him), but he always hides his past, even from his friends. That's why I told he had a lot to grow, that's why I like his character so much! He suffered a lot and learned to be alone, so he hide his emotions by pushing people away.

      You are the first person to share my feelings with Auria, dude ;-; It's hard to make people like OCs, but when someone do is like a true victory! I tried to build her with everything I like, sometimes she's in even more evidence than Ralph, hehe. She is an admirable woman, we must protect her (actually, she would be the one protecting us :3 haha)

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    2. NO no no, it's important to take your time with the set-up! Besides, you've kept it plenty engaging with introducing the conflicts of our characters and setting up why they agreed to go with Ralph!

      It truly will be amazing to see these questions answered as you keep going, I'm so damn thrilled to see your amazing characters come to life. I'm so thrilled to see where this series goes!

      HEhehehe, hey dude, it'd be a crime not to love a babe like her! And man, you're not wrong about her being a contender with Ralph on being such an amazing character. So freaking deep and complex, yet never straying from being the babe that she is.

      (Honestly, I wouldn't mind her suplexing me Undyne style)

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