quarta-feira, 26 de julho de 2017

A Criança com o Coração de Gelo [Support]

Support Conversation (Ralph e Elice)
Gênero: Drama, Slice of Life, Romance;
Tema: Sobre a vida e climões
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Sugestão do leitor: Sir Naponielli.

Por algum motivo, fora convocado para uma reunião de pais, mesmo que não tivesse um — e, para piorar, tinha de assumir a posição deste. Lançava um olhar impaciente pelo cômodo, sentia como se estivesse preso àquela sala entre quatro paredes de concreto e não poderia ser ouvido.
A porta foi aberta e uma mulher alta com um coque na cabeça entrou. Ela tinha o nariz alongado que servia de apoio para seus óculos enormes, como se fossem um par de binóculos. Ralph quase riu ao imaginá-la com aqueles olhões, mas foi surpreendido por uma pasta pesada, a qual foi atirada em sua frente, como se fossem provas de um crime.
— Quem é você? Onde estão os pais da garota? — perguntou a diretora.
— Eu sou o responsável pela Elice, dona... — Ralph forçou a visão para enxergar o que estava escrito no crachá da mulher.
— Cândida. Você deve ser o Aedan.
— Não... sou o Ralph, da Espada de Madeira. Aedan não pode vir.
— Então você é o responsável por ela? — disse a mulher, ajeitando os óculos para ter certeza de que não estava cometendo um engano. — Quantos anos você tem, garoto?
— Eu sou só um amigo, mas é que a Elice está sob meus cuidados porque os pais dela morreram. Além disso, o irmão voltou para a terra natal devido a uma emergência. As outras pessoas maiores de idade de nosso círculo estão longe da Pequena Colina ou ocupados demais com seus trabalhos e não puderem comparecer — Ralph procurou explicar-lhe da maneira mais sucinta. — Entenda, dona Cândida, no momento sou a pessoa mais próxima que ela tem...
— Uma criança cuidando de outra — ela massageou as têmporas, constrangida.  — Já vi de tudo nesse trabalho e, para ser sincera, sinto que meus dias como diretora estão contados... mas posso ver que você está se esforçando para ser um adulto responsável, então vai ter de servir.
A mulher abriu a pasta e começou a ler em voz alta.
— A senhorita Elice comportou-se de maneira muito errônea essa semana, — eu diria que até perigosa. O senhor tem conhecimento de seus poderes?
— Sim, sim, ela solta raios de gelo e causa tempestades de neve quando está irritada ou com medo — disse Ralph, fazendo sons estranhos enquanto sinalizava o ar como se lançasse feitiços mágicos. — Uma loucura, não?
Dona Cândida piscou duas vezes.
— Meu jovem, esta é uma escola primária para humanos, não podemos receber tótines. Eles recebem uma criação completamente diferente.
— É que a Elice nunca estudou na vida, dona. Ela recebia cuidados em casa, e o irmão sempre esteve por perto para protegê-la. Achamos que a colocando para conhecer outras crianças a faria... soltar-se mais.
— Eu entendo a situação. Cuidar de crianças nessa idade nunca é fácil, elas são mais inteligentes do que imaginamos — Dona Cândida fechou a pasta e ajeitou seus óculos, dando aquele assunto como encerrado. — Não posso deixar que ela saia impune depois do que fez, mas também não quero expulsá-la como se fosse uma intrusa. Elice ainda está se adaptando ao novo formato de ensino. Por ora, darei uma suspensão de cinco dias. Tire a semana para passar um tempo com ela, leve-a para passear e converse sobre o ocorrido, talvez a menina tenha algo a dizer.

i

Ralph aguardou o horário da aula de Elice terminar próximo ao pátio da escola. Quando o sinal bateu, diversas crianças saíram correndo e ele lembrou-se dos tempos em que frequentara a escola Kylie Kalma com a Profª Clover. Depois de uma multidão de mochilas coloridas, Elice apareceu carregando sua mala azul com a feição séria, as duas mãos bem prensadas nas alças. Ralph acenou para ela e falou:
— E aí, mocinha. O que vamos fazer de legal hoje?
Elice não disse nada, mas o abraçou com tanta força que parecia nunca mais querer largar. Ralph se surpreendeu com o gesto súbito, ela não demostrava afeto com facilidade. De fato, só a via fazer isso com seu irmão, e ocasionalmente com Auria quando saíam juntas para passear no parque.
“Eu queria que a Auria estivesse aqui, ela saberia o que fazer”, pensou Ralph. Brincar de adulto era uma missão realmente complicada.
A vantagem de ter apenas quinze anos é que não havia uma distância muito considerável entre a idade dele e Elice. Ela tinha apenas dez anos, mas já passara por muito.
O vilarejo da Pequena Colina não era muito grande, todos ali se conheciam e os programas não variavam. Havia uma praça no centro que Ralph gostava de tomar sorvete, por isso achou que seria uma boa levar Elice até lá. Quem sabe assim ela se abrisse com ele e explicasse o que acontecera na escola.
Ralph pediu um sorvete de chocolate com recheio de brigadeiro e um de baunilha com leite condensado para sua amiga. A garotinha agradeceu apenas com um aceno, mas manteve a cara fechada.
O dia estava fresco e sem sol, a expressão de Elice era gélida. Não era como uma criança deveria agir.
— Então... — Ralph começou a falar e foi imediatamente cortado pela garota.
— Eu odeio aquela escola. Odeio as outras crianças. Elas parecem tão... crianças — disse a menina enquanto terminava o seu sorvete. — Você acha que eu sou muito chata?
— Mais ou menos — o garoto riu, lembrando-se do dia em que se conheceram. — Você tende a afastar as pessoas que não gosta com uma parede de gelo, mas quando se apega, seu coração derrete essa proteção trazendo conforto e aconchego, consegue entender? Talvez você realmente seja mais madura do que as outras crianças da sua idade, mas isso não significa que devamos... puni-las.
— Punir? Eu não puni ninguém, foi ela que me provocou! — Elice ergueu o tom de voz.
— Ela quem?
— A Stela. Ela se acha a dona da sala e me chama de Rainha do Frozen só porque meu vestido é azul e eu uso uma tiara.
— Rainha do Frozen? Mas esse apelido é muito legal — Ralph começou a rir até perceber que Elice não gostara nem um pouco do apelido. — Mas se você não gostou disso, por que não a mandou parar?
— Eu mandei.
— E ela não parou?
— Não. Aí ela começou a me perseguir a semana inteira. Eu só tentei ficar na minha, mas ela começou a jogar algumas verdades na minha cara até que...
Elice esfregava as duas mãos, como se sentisse muito frio com elas.
— ...saiu sem querer.
— O que saiu sem querer? Um pum?
Elice começou a rir sem parar do comentário de Ralph. Estivera tão tensa nas últimas horas que quase se esquecera de como o sorriso e a companhia de seu amigo eram capazes de curar qualquer coisa.
— Ela tocou em mim. Eu não quis reagir, só que a mão dela congelou na mesma hora. Você sabe que não controlo meus poderes quando estou com raiva... A Dona Cândida veio correndo e mandou ir para a sala dela no mesmo instante — Elice desviou a atenção enquanto observava uma gota de seu sorvete escorrer. — As outras crianças me olhavam como se eu fosse...
— Uma esquisitona? — Ralph completou a frase.
Se havia alguém no mundo que compreendia aquele sentimento, esse alguém era Ralph. A vida toda, as pessoas a sua volta não entendiam como ele havia recebido cuidados de geckos — mantinha alguns trejeitos dos lagartos, mas no fundo continuava sendo um garoto normal que carecia de atenção como qualquer outro.
— Você é especial, Elice. E o caminho das pessoas especiais é sempre cheio de desafios, reviravoltas e dificuldades.
— Acho que eu estou cansada de ser especial... eu só queria ser normal uma vez na vida.
Ralph terminou seu sorvete e deu um salto, ficando de pé em frente à garota.
— Então vamos ter um dia normal.
Elice estava com a boca toda suja quando perguntou:
— O que as pessoas fazem num dia normal?
— É o que vamos descobrir.

A primeira atividade que pensou em fazer com Elice foi leva-la ao Soleil, um café onde seu amigo Doppel trabalhava. Ralph ajudava ali como garçom durante a semana, mas vez ou outra ganhava uma folga para divertir-se por aí. Doppel era um rapaz de cabelos brancos que morava no topo da Pequena Colina, onde Ralph vinha se hospedando nos últimos meses com seus amigos. Ele os recebeu com um sorriso doce assim que os viu na entrada.
— Bom dia, queridos. Como foi na escola?
— Levei uma suspensão — falou Elice, estendendo a palma da mão. — Cinco dias.
— Oh — o atendente surpreendeu-se, mas não demonstrou irritação. — Desculpe por não ter conseguido ido ir à reunião, . o Ralph conseguiu dar conta de tudo?
— Opa, tudo sobre controle. Agora viemos encher a pança. Posso preparar dois mistos quentes pra gente, Doppel? Deixa que eu mesmo faço, - assim não atrapalho os outros pedidos na cozinha.
— Você é um anjo, Ralph. Fique a vontade para fazer o que quiser, a casa é sua.
Ralph preparou os lanches e um pouco de suco para o almoço. Elice gostava muito de sua comida, chegou até a repetir, ainda comendo um bolinho de queijo no final. Uma tarde agradável no Soleil era sempre bem vinda.
— Ah, estava tão gostoso! — disse a menina, esticando as pernas e se esticando no assento. — Quando eu crescer, você vai casar comigo para continuar cozinhando pra mim?
— Eu posso continuar cozinhando mesmo sem casar — disse Ralph , com uma risada. — Essa coisa de casar é complicado, parece que todo casal feliz em Sellure acaba tendo uma morte trágica.
— Quem aí está fazendo planos para o casamento? — perguntou Doppel , que estava ali perto, limpando uma mesa. — Vocês não são muito novos para falarem desse tipo de assunto?
— Eu sou quase uma adulta,  - tenho dez anos, daqui a pouco não vai mais caber na mão! — disse Elice , com um sorriso adorável. — É que ao lado de vocês eu me sinto à vontade para ser eu mesma...
Ralph percebeu que ela estava tentando contar-lhes sobre algo que aconteceu na escola, mas Doppel foi mais rápido em incentivá-la a comentar o assunto:
— E os seus novos amiguinhos na escola? Eles não são legais?
— E-eles são... ou tentam ser... mas na maioria do tempo são tão infantis! As meninas vivem para se mostrar, vivem comentando os padrões de como nos vestimos e nos comportamos, enquanto os meninos ficam falando sobre o tamanho do peito das meninas.
— Elice, tenho uma notícia para lhe dar — disse Doppel, tirando um minuto para sentar-se ao lado dela. — Os adultos também são assim. Você vai crescer e as pessoas continuarão falando sobre essas bobeiras ao seu redor, mas quer saber de algo? Ignore-as. Se não gostar desse tipo de gente, mantenha-as longe de sua vida e compartilhe bons momentos ao lado daqueles que realmente ama.
— Você sempre fala palavras tão bonitas, tio Doppel — Elice abraçou-o com carinho e deu um beijo em sua bochecha. — Vou tentar. Não quero que pensem também que sou a Rainha do Frozen.
— Quem? — Doppel riu, bagunçando os cabelos da menina. — Só porque você controla gelo, não significa que precisa viver isolada num palácio de cristal que vai ser destruído assim que alguém tocar nele.
— É o que tentei contar pra ela! — respondeu Ralph. — Só que vindo de você saiu tão mais legal...

Doppel mandou que os dois saíssem para que pudessem aproveitar o dia de sol. Como praticamente todos seus amigos estavam ocupados, Ralph decidiu que tiraria o dia todo para divertir-se com Elice. Ela não gostava de fantasiar com dragões e nem aventurar-se pelo mundo, mas amava gestos simples como um piquenique no parque ou um almoço em família.
Pequena Colina era tão... pequena, que logo eles estavam de volta ao parque. Entre algumas árvores, havia brinquedos com escorregadores, gangorras e um fascinante balanço preso aos galhos mais altos.
— Por Araya, um balanço! Eu amo balanços. Quer que eu te empurre?! — perguntou Ralph, empolgado.
— Você parece mais criança do que eu — respondeu Elice. — Deixa que eu te empurro então.
Ralph logo estava sentado sentindo o vento bater em seu rosto com o impulso do balanço. Mesmo Elice, com sua aparência frágil e delicada, não precisava de muito esforço para empurrá-lo bem alto.
— É como se eu pudesse tocar as estrelas — disse Ralph, erguendo um dos braços para o alto e quase perdendo o equilíbrio. — Vai com calma aí atrás, eu estava dizendo de forma figurativa!
— Qual é, está com medo? Aposto que eu consigo fazer você encostar no céu!
— Elice, é sério, tá bem forte!
— Deixa de ser maricas!
Elice o empurrou com tanta força que Ralph saiu do assento do balanço e caiu de cara no chão. De primeira instância, ela riu, mas ao perceber que ele não se movia, começou a assustar-se e logo correu para ver se algo sério tinha acontecido.
— Ei, tá tudo bem? Não brinca com isso... Ralph. Ralph, é sério, não brinca com isso.
O garoto abriu os olhos e a pegou no colo, começando a fazer cócegas em seus braços até derrubá-la no chão. Elice morria de cócegas — era quase sua fraqueza. Ela o fazia tanto que tinha medo de perder o controle.
— Ralph, para! Estou quase fazendo xixi.
— Credo — o garoto riu, mas também não parava. — Isso é uma punição por me fazer comer poeira!
Os dois agora estavam deitados no chão da praça, com pequenas sequelas do riso, mesmo que não houvesse mais motivos para dar risada. Elice virou-se para Ralph e segurou sua mão de forma inesperada.
— Olha só como está quente. Não sou sempre um mar frio de emoções.
— Nunca duvidei disso — respondeu Ralph — Elice, quero que faça algo por mim... você acha que poderia conversar com seus amigos da escola?
— Por quê? Eles são tão criança.
— E você me acha adulto? Estamos brincando no balanço de um parquinho infantil. E mesmo que eu fosse, isso não nos torna melhores do que eles.
Elice respirou fundo, mas cedeu.
— Eu posso até tentar conversar com eles, mas vai ser por você.

ii

Na manhã seguinte, Elice esperou pelo horário em que as aulas de seus amigos terminavam. Stela vinha em sua direção com outras duas amigas quando a viu de longe. Ela pediu que as duas avançassem depressa e esperassem na saída para que não vissem o que viria a seguir. Quando ficaram sozinhas, ela começou a falar:
— Achei que você tivesse tomado suspensão — disse Stela. — Por que veio aqui?
— Desculpa pelo que aconteceu aquele dia... eu não queria...
— É. Tanto faz. Você é a Rainha do Frozen, nunca consegue controlar seus poderes.
— Eu só fiquei brava por que você falou da minha família! — Elice ergueu o tom de voz. Ralph estava escondido atrás de uma árvore ali perto. Se a situação saísse do controle, teria de intervir.
— E você ficou bravinha só porque não tem família? — Stela a confrontou da mesma forma. Ela ergueu a manga da blusa e mostrou a ferida que o congelamento causara. — Você vai machucar as pessoas ao seu redor toda vez que ouvir algo que não gosta? É isso? Você acha que é a única coitada nesse mundo, cansada, exausta? A única que está desesperada por atenção e que, no menor descuido, pode acabar explodindo e machucando todos ao seu redor?
Ficou pasma no instante em que viu a outra garota chorar. Stela escondia os olhos como se tivesse vergonha de que a vissem naquela situação. Elice ergueu uma das mãos e a tocou na cabeça, mas, dessa vez, sem machucá-la. Seus poderes estavam sob controle. Ela encostou a cabeça da colega em seu ombro, e abraçou-a com cuidado e arrependimento.
— Me desculpa. Eu não sabia... não pensei no seu lado.
Stela concordou com a cabeça, insinuando que aceitava as desculpas. Era como se seu coração tivesse completado com calor e segurança um quarto vazio na vida desta. Elice olhou para a árvore onde Ralph estivera escondido, e ele fez um sinal positivo com o polegar.
— Agora chega de abraço. Isso é tão careta — respondeu Stela, recuperando-se depressa. — Não entendo porque você ficou brava quando te chamei de Rainha do Frozen. Ela é a personagem feminina mais poderosa e maneira que já vi nos filmes.
— Jura? — Elice perguntou. — Eu não sabia.
— Sério que nunca viu? Você podia vir em casa assistir qualquer dia desses. Eu moro com os meus avós, mas eles são gentis e vão gostar de receber alguém pro almoço. Que tal no fim de semana?
— Eu adoraria.

iii

Dona Cândida deu a notícia de que Elice melhorara muito nas semanas que se seguiram. Ela era uma garota muito inteligente, talvez até a melhor da classe. Todos pediam sua ajuda nos estudos e queriam sentar-se na carteira ao lado. Era como se fosse uma criança completamente diferente.
Quando Ralph chegou para buscá-la na segunda, viu que Elice andava com outras quatro garotas, incluindo Stela. Estava radiante, o sorriso mal cabia em seu rosto. Caminhava tão leve que parecia flutuar. O garoto fez um aceno rápido quando a viu correr em sua direção.
— Ralph, vou almoçar com minhas amigas hoje, então só voltarei para casa mais tarde!
— Tá muito saideira, mocinha — o garoto riu.
— Minhas amigas disseram para você vir também. — Elice olhou para os lados, só para se certificar de que elas não estavam ouvindo. — ... ouvi a Stela dizer que meu irmão é um gatinho.
— Ah, mas o Aedan é bonitão mesmo, impossível não se apaixonar por ele!
— Hah, hah. Ela estava falando de você, seu bobo — respondeu Elice, despedindo-se com um sorriso doce e gentil. — Eu e você, irmãos, imagina só! Dessa forma não poderemos nos casar e vou acabar sem meu marido.
Ralph riu da ideia e continuou a observar a garota distanciar-se com suas amigas. Desde que a conhecera, via Elice como uma menina que cresceu antes do tempo pelas limitações que a vida lhe impôs, mas, pela primeira vez, enxergava ali apenas uma criança, exatamente como deveria ser.

  7 comentários:

  1. Café do tio Doppel... Qual vai ser o próximo? Cabaré do senhor Papopielli ou taberna da dona Fhii? kkkk

    ELICE, adorei, ela é uma fofa! Quero a abraçar! :3



    Já agora... Eu fui a única pessoa que não gostou do filme Frozen?

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    1. Pior que Doppel é um dos meus personagens mais antigos Shii, dessa vez não foi uma referência ao nosso companheiro Donnel kkkkkkk Ele inclusive aparece no primeiro livro, já no segundo vemos que o café é onde o Ralph trabalha como garçom por alguns meses. Apesar dos supports serem capítulos extras, todos eles podem se encaixar entre o primeiro e o segundo livro, como se fosse um período de férias dos personagens. E agora que apresentei o Doppel, vou atualizar a ficha dele também :)

      Tenho um carinho enorme pela Elice! Espero que quando ela aparecer os leitores também gostem dela, me dediquei muito para fazer algo bacana. O Arco da Ilha-S que é onde ela e o irmão aparecem é o meu favorito em todo o livro.

      Eu também não gostei taaaaanto de Frozen na época, mas o filme arrecadou mais do que qualquer outra animação, esse é um feito e tanto! kkkkkkk Prefiro várias outras animações da Pixar, mas até hoje em dia onde quer que você vá tem algum brinquedo de Frozen. Pelo menos tem umas artes bem fofinhas da Elsa e da Anna :3

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  2. Apoiando o comentário da Shii: Shii, não é só você, eu também odeio Frozen! Vamos acabar com esta ameaça maléfica!

    E Canas, obrigado por proporcionar este support tão belo! Achei bem cute, e sim, eu shippo RalIce!!!!!!! E man, temos cinema em Sellure, OMG!!!!

    Foda cara! Amei o support e a arte que utilizou para ele! :3

    E cara, notamos novamente que eu tenho um esgoto na cabeça, pois quando Ralph respondeu no fim do capítulo:

    — Ah, mas o Aedan é bonitão mesmo, impossível não se apaixonar por ele!

    Já veio merda na cabeça! Mas bem Canas, lhe agradeço muito pelo support e logo te mandarei a fan-art do capitão do barco, que não ficou lá top mas ficou boa, considerando que não sou grandes coisas desenhando pelo mouse.

    Por fim, cara, estou rindo até agora do início do comentário da Shii, kkkkkkkk, não aguentei e fui dar uma espiada.

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    1. Diga aí, Sir! Que bom que curtiu cara, supports são sempre uma surpresa e bem difíceis de se trabalhar dependendo do tema. Ainda não estou tão acostumado a trabalhar com os personagens de Sellure, se compararmos com os de Sinnoh kkkk

      Eu estava bem receoso de escrever algo sobre a Elice por ela ser uma personagem que ainda está longe de aparecer, eu queria mostrar muito dela ao mesmo tempo que não podia kkk Acho que deu pra sentir como ela e o Ralph são próximos, no começo eles brigam bastante, mas no final vira um baita shipp fofo!

      Ah, sobre esse assunto do cinema, existe sim! Há alguns lugares em Sellure chamados "Cidades Cinzentas" onde as pessoas andam de carro, assistem TV e fazem tudo que fazemos no século XXI. Mas essas cidades são meio que isoladas do restante do reino por conta de uma magia poderosa que faz aqueles que entrarem nela não conseguirem mais sair. Uma vez que a Elice mora em uma Cidade Cinzenta, eu poderia usar a personagem para falar de cinema e outros aspectos mais modernos sem fugir da realidade do livro.

      E não se preocupe, Ralph x Aedan é um shipp poderoso no livro. Eu estou sempre trazendo fanservice para o público masculino com beldades como Wiki, Auria e Clover, mas não posso deixar as moças que curtem um yaoi ficarem de mãos vazias, rs.

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  3. omg I absolutely cannot begin to describe how damned sweet and charming this was man. I legit kinda ship this now, you monster. ^0^

    I LOOOOVE the whole setup man, and how Ralph is so damned wise and sagelike and such, helping Elice to make some new friends and even how he's so damned happy to see her doing well. Ralph is an angel man, it's Lucas all over again.

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    1. I'M SO GLAD YOU READ THIS CHAPTER! I learned so many things with Fire Emblem supports, like how secondary characters are important for the development and how each one of them has it's own and unique traits. Elice is such a cute little creature, in my opinion, the moment she shows up on Book 1 is the best part, and it's so crazy that you met her the first time on the blog, because those Supports happens after the first book is finished, so in terms "Ralph and Elice still don't know each other". They are so wholesome together, I love when you see so much of Lucas on Ralph, because Lucas for me is one of the best main characters from games. See you soon dude!

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    2. YES YESS! I cannot wait as I've said before to see all the epic moments in this series, and just always have a blast reading all of these. You are hands down the writer I've EVER seen!

      IT's true! Lucas is such an amazing protagonist who shows so much without using much dialouge, and it shows what an impact he has on Ralph as a character, a kind, funny, and brave young lad (ableit a bit more outgoing). EPIC work man!

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